sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Who wins this match?" (Quem ganha o jogo?)







Vídeo sobre remoção da Copa no Brasil é exibido na ONU

Larissa Araújo, da Articulação Nacional dos Comitês Populares (ANCOP), participou esta semana em Genebra da 23a sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para falar das violações cometidas nas remoções de famílias em todo o país nos preparativos para a Copa do Mundo.

Em um evento paralelo à sessão do Conselho, o vídeo "Who wins this match?" (Quem ganha o jogo?) foi exibido, mostrando números e depoimentos dos moradores removidos ou em risco de remoção - cerca de 250.000, segundo o cálculo dos movimentos.

No vídeo, chamam a atenção o desespero, a indignação e o desalento dos moradores diante dos métodos e da falta de diálogo do poder público transmitidos pelos depoimentos dos atingidos, agora ouvidos na ONU.



NOTA:

Este vídeo foi realizado com partes de vídeos gravados por moradores, videoativistas, mídias independentes e colaboradores da resistência contra a violação de direitos humanos no contexto internacional dos megaeventos.



domingo, 26 de maio de 2013

5m 80cm






5m80



Short film by Nicolas Devaux.
Produced by Cube Creative Productions & Orange.
With the participation of Arte, the support of the City of Paris and the partnership of CNC.



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Golpe Comunista 2014 no Brasil !







Super-Heróis DecadenteStf





Barbara Gancia ironiza teatro de Barbosa


Julgamento do mensalão foi um "teatrinho" criado pelo presidente do STF, diz a colunista da Folha: "Havia ali o papel do bandido, do mocinho, tinha a pecha de 'maior julgamento da história' e havia até a certeza indiscutível de que viríamos um final feliz"



NOTA:



Original de Donald Soffritti

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Família Sauro





Marina Silva morreu abraçada a Feliciano
PAULONOGUEIRA 15 DE MAIO DE 2013 8

O fim patético de uma candidatura que surgiu como promessa de renovação. 
Marina Silva faleceu politicamente hoje, 15 de maio, vítima de si própria.
Morreu abraçada ao irmão evangélico Marco Feliciano.
RIP.
As três linhas acima resumem o fato político mais importante do dia.
Num erro de avaliação impressionante, Marina Silva, numa viagem ao Recife, tomou a defesa de Feliciano.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa parte, por ser evangélico.
Vou repetir.
Disse que ele estava sendo atacado, em boa parte, por ser evangélico.
Ora.
Feliciano, desde que irrompeu do anonimato, tem repetido barbaridades homofóbicas e racistas em sucessivas e despudoradas odes à intolerância e ao fanatismo.
Quando já achávamos que ele tinha esgotado o estoque de obscurantismo agressivo, eis que aparece um vídeo no qual ele diz que Deus assassinou John Lennon porque não gostou de uma coisa que Lennon disse.
E com todo esse passivo brutal de posições que fazem mal à sociedade, Marina consegue dizer que a rejeição a Feliciano se funda mais na religião que na obra do pastor.
“Quando penso em certas coisas que disse, invejo os mudos”, escreveu Sêneca, o grande filósofo estoico da Antiguidade romana.
Eis uma frase que cabe em Marina.
Para quem num certo momento surgiu como esperança de renovação política, não poderia haver desfecho mais patético do que falecer na bizarra defesa do que existe de mais vulgar, mais mistificador e mais atrasado na política brasileira, o pastor Feliciano.



leiam também.:




P.S.: 
Zine Prta compartilhou um link.
há ± 1 hora próximo a Brasília
breve, músico decadente do pópinho brasuca sairá em defesa dela.
periga até fazer o dingôu de sua campanha.
fusão da 'novidade' [aahahhahha!] com a 'transgressão' [hahahahaha ao cubo].
tô apostando, quem vai?

° ela tá cada vez mais a cara da vó da Família Dinossauro, o que se explica, talvez, pela sintonia mentalidade-físico...

terça-feira, 7 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Vovó ama Heavy Metal mas...



 Vovó ama Heavy Metal mas...




Lobão, Roger e o rock de direita



Os roqueiros dos anos 80 fazem parte de uma looooonga tradição.


Nixon e Elvis


A guinada à direita de Lobão, Roger do Ultraje e mais alguns de seus colegas de geração pode ter deixado muita gente decepcionada (me refiro àqueles que esperavam alguma coisa deles).
Como podem roqueiros, com seu estilo de vida, vamos dizer, libertário, virarem direitosos? Como esses caras que mergulharam em sexo, drogas e roquenrol puderam se tornar reacionários depois dos 50?
Eu não tenho certeza da motivação deles (no caso de Lobão, é uma mistura de oportunismo e fanfarronice).  Mas é ingenuidade pensar que rockers são automaticamente de esquerda, antiestablishment, revolucionários ou coisa do gênero.
Lobão, Roger e – lembrei de mais um – Leo Jaime não estão sozinhos no mundo em sua paranoia antiesquerdista. Eles fazem parte de uma longa tradição. Mo Tucker, a veterana baterista do Velvet Underground, a banda mais subversiva de todos os tempos, por exemplo, anunciou há poucos anos sua filiação ao ultradireitista Tea Party. “Estou furiosa com a maneira como estamos rumando em direção ao socialismo”, disse. “Eu acho que o plano de Obama é destruir a América por dentro”.
Alice Cooper, um dos pioneiros da união entre rock, teatro e filmes de terror nos anos 70, com sua sexualidade ambígua e suas letras depravadas – virou um evangélico fanático e antiobamista de coração.
Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, que fazia com o vocalista Steven Tyler uma dupla apelidada Toxic Twins (dado o grau de ingestão de cocaína), apoiou o republicano John McCain nas eleições de 2008. “Sou republicano desde criança”, afirmou.

Johnny Ramone


Kid Rock é um apoiador da política externa dos EUA no Iraque, fazendo turnês para levantar o ânimo da tropa.
Dave Mustaine, vocalista da banda de metal Megadeth, se juntou recentemente ao rei da teoria da conspiração, Alex Jones, para detalhar sua visão sobre o que eles definem Nova Ordem Mundial (o grupo de judeus, negros, terroristas e o diabo que está dominando o planeta).
Ted Nugent, guitarrista e cantor, vive pedindo a pena de morte para ladrões e estupradores. Já falou que o erro dos EUA no Iraque foi não terem feito “o mesmo que em Nagasaki”. É membro fanático da famigerada NRA, o lobby pró-armas dos Estados Unidos. “Haverá um tempo que os donos de armas serão como Rosa Parks e nos sentaremos na parte da frente de um ônibus”, declarou em sua confusão mental, referindo-se à ativista negra Rosa Parks, que mudou a história da luta dos direitos civis nos EUA.
Phil Collins prometeu deixar a Inglaterra se o Partido Trabalhista fosse eleito. “Vou me mudar para a Suiça”, avisar. Noel Gallagher, ex-Oasis, aproveitou a deixa: “Vote nos trabalhistas. Se os conservadores forem eleitos, Phil está ameaçando voltar”. Em 76, Eric Clapton, bêbado, fez um discurso num show, apoiando o racista Enoch Powell. “Eu acho que Enoch está certo… Nós devíamos mandar todos eles embora. Joguem os pretos fora! Mantenham a Grã-Bretanha branca!”
Johnny Ramone mandou um “Deus abençoe o presidente Bush” quando sua banda foi incluída no Hall da Fama. “As pessoas são liberais quando jovens, e eu tenho a esperança de que elas mudem quando virem como o mundo é realmente”.
Agora, ninguém bate Elvis Presley. Em novembro de 1970, Presley entregou uma carta de seis páginas para o então presidente Nixon, em que expressava sua preocupação com o país, sugerindo que ele podia usar sua posição para acabar com a “cultura da droga, os elementos hippies e os Panteras Negras”. Pediu para ser nomeado agente colaborador do FBI no Departamento de Narcóticos e Drogas Perigosas. “Estive estudando a lavagem cerebral comunista e sei que os Beatles são uma força poderosa contra o espírito americano”, revelou. Presenteou Nixon com um Colt da Segunda Guerra. A foto dos dois é o item mais requisitado da Biblioteca Nacional, à frente da Constituição.
Uma possível diferença entre os nossos roqueiros e os do exterior — além da obra, evidentemente — é que, em geral, os de lá viraram conservadores depois de ganhar, e não perder, dinheiro, relevância e influência. Aqui é o contrário.



Phil Collins


Freak show: as novas aberrações





Em 1932, o cineasta Tod Browning (1880-1962) causou escândalo em Hollywood ao lançar o filme Freaks, hoje um clássico. Para criticar um costume horrível da época, de exibir pessoas com deformidades em shows e circos, Browning escolheu um elenco de atores com vários problemas na vida real. Alguns tinham microcefalia, outro não tinha metade do corpo, um terceiro era um tronco, sem pés nem braços. O protagonista é anão. Eles se rebelam e acabam realizando uma vingança contra os seres humanos “normais” que os escravizavam. Hollywood não entendeu, a Inglaterra baniu o filme durante 30 anos e a brilhante carreira de Browning como diretor de filmes de terror como Drácula (1931) já era.
Felizmente os tempos de “feira de horrores” ficaram no passado. O que era considerado “aberração” já não é. Se houvesse um show de horrores hoje em dia não seria para rir de alguém com uma deficiência física ou mental, embora alguns pseudohumoristas brasileiros talvez desejassem, até porque atualmente as aberrações são outras. Nada a ver com anomalias congênitas, mas com deformidades de pensamento. Prodígios da natureza que a gente nunca podia imaginar que pudessem existir andam por aí assombrando o mundo.
Senhoras e senhores, alguns destes freaks do mundo moderno:
– O jovem direitista: é um espanto. Em vez do rapaz e moça que faziam de tudo para contrariar o conservadorismo dos pais, são jovens que concordam em tudo com o que eles pregam. “Sim, mamãe”, repete o jovem direitista bem nascido. A não ser que os pais sejam moderninhos demais, aí eles preferem se mirar nos avós fãs da ditadura. Em sua visão, os governos militares foram uma época de prosperidade à qual o Brasil deve muito, e o desrespeito às liberdades individuais e aos direitos humanos, apenas um detalhe. Já os guerrilheiros que foram presos, torturados e que deram a vida para lutar contra a ditadura são terroristas sanguinários. Os bizarros jovens de direita são radicalmente contra a maconha, “coisa de vagabundo”. Na faculdade, basta sentir o cheiro de um baseado que eles deduram para a polícia que circula pelo campus – sim, eles se mobilizaram para conseguir que o campus, antes um espaço de livre expressão, passasse a ser policiado. Os jovens direitistas estudam, é claro, Direito. E adoram ir à missa.
– A mulher machista: é assombrosa. Trata-se de uma mulher, geralmente jovem, que cospe em todas as realizações da liberação feminina. Acha, aliás, que não deve nada ao feminismo, pelo contrário. Defende que o feminismo é a razão de toda a “infelicidade” e “frustração” das mulheres de hoje. Por causa do feminismo, brada, se uma mulher optar por ser dona-de-casa será execrada! É muito triste, diz a mulher machista, não poder abdicar da profissão para cuidar da casa e dos filhos, pois se sentiriam constrangidas pelos olhares de reprovação das feministas, estas desalmadas, péssimas mães que não sabem nem fritar um ovo. Elas odeiam que uma mulher esteja na presidência, acham um desserviço, já que todo mundo sabe que os homens são superiores nestas tarefas. Lugar de mulher é sendo primeira-dama. Muito mais elegante, inclusive, tipo Jackie Kennedy. Mesmo porque todo mundo sabe que as feministas são todas horrorosas e nem se depilam, não é mesmo? Qualquer hora as mulheres machistas sairão em marcha pela aprovação da lei José da Penha, para reivindicar o direito de apanhar do marido.
– O palhaço sem graça: é de chorar. Eles sobem no picadeiro para supostamente serem engraçados, mas não conseguem causar nenhuma risada nem fazendo cosquinhas. A reação da platéia ao que eles falam beira a depressão. Quando o palhaço sem graça faz uma piada, tem gente que sente até vontade de vomitar. O formato favorito deles é o stand-up comedy, uma fórmula norte-americana de fazer humor do qual copiaram o nome, não a criatividade. Mas há também palhaços de circo engomadinhos que se apresentam na tevê com o único objetivo de vender produtos para as crianças, com suas musiquinhas chatas e repetitivas. Ah, gente, fazer rir é tão século 20…
– O roqueiro a favor do status quo: é de arrepiar os cabelos. Acabou-se o tempo do roqueiro que criticava a burguesia e o sistema. Hoje a onda é falar bem de quem tem grana, um “vencedor”, e elogiar a direita “progressista” – esta, sim, sabia o que era bom para o povo, este imbecil. O maior alvo do roqueiro reaça não é a estrutura social injusta ( “injusta por quê? para quem?”) ou as desigualdades, mas os esquerdistas, estes provocadores de ditaduras militares. Se fossem gravar músicas hoje em vez de escrever manifestos de direita, como preferem, os roqueiros escreveriam letras como “você é pobre porque não trabalhou, uou, uou”, “os milicos são gente mal-compreendida, di-da, di-da”, “saudades da ditadura, yeah, yeah, yeah”, “a favor do status quo quo quoooooo”. Não se espantem se qualquer dia começaram a gravar duetos com ídolos sertanejos em suas fazendas. O lado bom de terem surgido roqueiros assumidamente de direita é que não há mais lugar para os hipócritas que ganhavam dinheiro como rebeldes sem causa, com canções que nada tinham a ver com sua origem burguesa, às custas da rebeldia genuína alheia.
Venham, venham ver as aberrações! O espetáculo não tem hora para acabar.