sábado, 31 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Anna and Bella
Borge Ring (1984)
NOTA: Uma emotiva e divertida curta, onde duas irmãs recordam o passado em conjunto, tomando um agradável copo de vinho e vendo velhas fotografias.
"Two sisters look back on their life together. "
sexta-feira, 23 de julho de 2010
"Desculpem a nossa Folha, digo, falha…"
Desculpem a nossa Folha, digo, falha…
sexta-feira, 23 julho, 2010 às 19:05
Serra está tão atordoado que anda precisando de ajuda da imprensa para corrigir as bobagens que ele diz. Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, ele afirmou que num torneio de más companhias, “a candidata do governo perde disparado”. Falou a verdade: as suas companhias são muito piores e ele ganharia disparado o tal torneio.
Mas ao tratar do assunto, a Folha de S.Paulo deu uma ajudinha ao seu candidato em três parágrafos que são o samba do crioulo doido, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. No primeiro parágrafo da matéria, generosamente intitulada “Serra se confunde ao atacar Dilma na TV”, a Folha escreve que o candidato tucano disse que sua adversária Dilma Rousseff (PT) venceria “disparado” um torneio de “más companhias”.
No parágrafo seguinte, porém, ao transcrever a declaração de Serra, lê-se o contrário. Serra afirma, e pode ser ouvido no vídeo, que “num torneio, a candidata do governo perde disparado em matéria de más companhias”.
Mas não satisfeita em ouvir o que Serra disse, a Folha o corrigiu: “Apesar de ter se confundido ao dizer a frase, Serra queria acusar Dilma de ser vencedora do torneio.”
O que seria do Serra se não fosse a Folha.
Piccolo Balilla
para ampliar clic
SERÁ O PICCOLO BALILLA DE SERRA UM PONTO FORA DA CURVA?
Breve apanhado do rufar dos tambores dos últimos 10 dias: a) o candidato Serra acusa o governo Lula de implantar uma república sindicalista no Brasil;b) o mesmo Serra classifica como pelegas as centrais sindicais que apoiam Dilma e, como se fora um ectoplasma de Carlos Lacerda nos idos de março de 1964, fuzila: são mais pelegas do que os pelegos do Jango; b) os jornais Folha e Estadão se esfalfam para enxertar um escândalo na campanha eleitoral, agora investindo na suposta quebra do sigilo fiscal do probo vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas; c) a indefectível VEJA assinala uma capa cujo título condensa a sofisticação intelectual contida num tanquinho de areia do maternal 1: '“O monstro do radicalismo“ --A fera petista que Lula domou agora desafia a candidata Dilma'; d) a procuradora eleitoral Sandra Cureau --nova heroína da mídia demotucana-- alardeia ameaças contra o Presidente Lula por ter mencionado o nome de Dilma Rousseff em cerimonia de licitação do trem-bala; e) no dia 16 de julho, conforme registro de Paulo Henrique Amprim, o jornal o Globo estampou na capa seis manchetes contra o Presidente Lula; f) das seis manchetes principais veiculadas pela Folha no período de 12 a 17 de julho, quatro foram contra o governo Lula; g) é nesse aluvião que devem ser avaliadas as pepitas democráticas regurgitadas pelo vice de Serra, Indio da Costa, em entrevista ao site tucano 'Mobiliza PSDB', ecoada pela Folha. Uma coisa é certa: um piccolo balilla não brota por geração espontânea; não há infância fascista sem fascismo adulto.
(Carta Maior - 19-07)
Via Blog do Saraiva
quarta-feira, 21 de julho de 2010
" Estafetas Brazil "
As fábulas sobre Dilma, e o erro de menosprezar Serra e a velha mídia
publicada terça-feira, 20/07/2010 às 21:18 e atualizada terça-feira, 20/07/2010 às 21:43
por Rodrigo Vianna
Os políticos tucanos e parte de seu eleitorado - especialmente os leitores mais desavisados de “Veja”, “O Globo” e outros que tais – aparentemente acreditaram em algumas fábulas sobre Dilma, espalhadas por “colunistas” e “analistas” durante a primeira fase de campanha (que se encerrou pouco antes da Copa do Mundo):
- ela não tem brilho próprio;
- ela não saberá se portar durante uma campanha, longe das asas de Lula.
- ela não conseguirá colar no prestígio de Lula e terá enorme dificuldade para passar de 15% nas pesquisas.
Tudo isso se mostrou falso. Os tucanos menosprezaram Dilma. E agora engrossam as o discurso terrorista de campanha, para tentar recuperar o terreno perdido.
Entre os petistas, de outro lado, há quem ameace embarcar na mesma trilha. Espalham-se em alguns setores, digamos, mais “militantes”, fábulas sobre a candidatura Serra e seus aliados:
- Serra é um néscio, que não sabe o que faz;
- a campanha terrorista de Serra e seus aliados midiáticos não terá nenhum efeito;
- a mídia tradicional deixou de ter importância, e não terá força para impedir a vitória inexorável de Dilma.
Trata-se de um erro grave menosprezar os adversários. Ainda mais, adversários que não tem alternativa. Serra, derrotado, encerra a carreira (mesmo que o PSDB ganhe em São Paulo, o serrismo será varrido do mapa num possível governo estadual de Alckmin). Portanto, para o candidato tucano, trata-se de ganhar ou ganhar.
Alguns enxergam na tática serrista do terrorismo (FARC, narcotráfico etc) um puro sinal de desespero. É bem mais do que isso. Nos últimos meses, todos nós fomos bombardeados por emails lembrando o “passado terrorista de Dilma”. Foi algo disseminado de forma profissional, deliberada. Antes disso, a “Folha” já se havia prestado ao serviço de estampar a ficha falsa da candidata, em primeira página. Portanto, a atual fase de campanha (associar PT e Dilma às FARC) é apenas o desdobramento lógico das fases anteriores. Não é algo improvisado…
Isso basta pra ganhar eleição? Não. Ainda mais num cenário em que o PT conta com um presidente aprovado por quase 80% do eleitorado. Mas o terrorismo eleitoral pode ser importante para consolidar o voto anti-petista. Com isso, Serra pode garantir de 25% a 30% do eleitorado. O risco é que esses ataques façam aumentar a rejeição a Serra. Boa parte do eleitorado brasileiro não gosta disso.
No horário gratuito na TV, provavelmente, Serra vai evitar a tática de partir pra cima de Dilma com essa ferocidade. A experiência recente mostra que ataques diretos a um adversário acabam gerando rejeição – ainda mais na TV. Mas há o rádio, a internet e a imprensa amiga pra seguir fazendo serviço…
Serra precisa manter-se competitivo, com alguma chance, até a reta final da eleição. E aí chego ao terceiro dos três pontos que ressaltei acima: engana-se quem acha que a mídia anti-Lula não terá papel a exercer na campanha contra Dilma. A mídia perdeu, sim, parte de sua força. Mas não toda a força. Em 2006, foi a campanha mdiática que levou a eleição para segundo turno – Marcos Coimbra, do Vox Populi, já mostrou isso de forma límpida.
Nessa eleição, a mídia impressa seguirá o roteiro de ataques implacáveis contra Dilma. Assim como Serra, essa gente não tem escolha: enveredou por um caminho sem volta.
Essa mídia, talvez, não consiga garantir a vitória de Serra. Ainda mais porque a TV Globo (ao contrário do jornal, que é explícito) tende a manter-se na moita. A Globo não pode se dar ao luxo de voltar a ser carimbada como “anti-povo”, “golpista”… Seria um risco enorme jogar a image da Globo numa campanha anti-lulista. Mas, se na reta final, a Globo sentir que há espaço para empurrar Sera ao segundo turno, não tenham dúvidas: vão repetir 2006! O método Ratzinger vai se revelar de novo implacável.
Por isso, os lulistas devem evitar o erro de menosprezar adversários que lutam pela sobrevivência - política, ou econômica – e que vão usar todas as armas numa guerra suja.
Essa não será uma eleição para quem tem estômago frágil.