terça-feira, 30 de setembro de 2008
La presidencia del miedo
JOSÉ IGNACIO TORREBLANCA
Si algo ha caracterizado a la Administración de George W. Bush es su disposición a utilizar el miedo como resorte para gobernar. Cuarenta y cinco días después de los atentados del 11 de septiembre de 2001, sin apenas debate, el presidente Bush obtuvo del Congreso la aprobación de la Ley Patriótica (Patriot Act). En esa ley y en subsiguientes medidas ejecutivas, muchas de ellas secretas, la Casa Blanca se llevó por delante el sistema de garantías judiciales que protegen a sus ciudadanos de los abusos del Gobierno y puso en suspenso el derecho internacional. Vejam o texto completo no EL PAÍS
por zejustino - http://blogoleone.blogspot.com/2008/09/la-presidencia-del-miedo.html#links
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
LUIZ CARLOS AZENHA
Atualizado em 29 de setembro de 2008 às 20:01
A mídia corporativa dos Estados Unidos, em vez de investigar o que andava acontecendo no Congresso, nos últimos dias optou por ficar na torcida.
Torceu pela aprovação do pacote de ajuda ao mercado financeiro.
Como é possível, depois do caos aéreo, do apagão elétrico, do escândalo dos cartões corporativos, do escândalo dos grampos, da "epidemia" de febre amarela o governo Lula ter 80% de aprovação?
Só existe uma explicação: o divórcio existente entre o Brasil real e o Brasil da mídia, que representa apenas a fatia "afrikaner" da população.
Estamos assistindo a um momento histórico, tanto aqui quanto nos Estados Unidos.
É a derrocada do Jornalismo corporativo, que se divorciou completamente dos interesses da população para prestar serviços acima de tudo a seus próprios interesses políticos e econômicos e aos "dos seus".
Assistimos, no Brasil, recentemente, ao mais espetacular lobismo de uma parcela majoritária da mídia corporativa em defesa dos interesses particulares de um banqueiro. "Veja", "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Época" e TV Globo se colocaram a serviço da propagação de uma fábula, segundo a qual houve espionagem generalizada de autoridades brasileiras por parte da Agência Brasileira de Informações (ABIN).
Isso foi feito sem uma única prova factual. Onde é que estão as gravações? Onde é que estão os depoimentos comprometedores?
Por enquanto, NADA. Nunca imaginei que depois de 30 anos de carreira eu viveria para escrever isso: a mídia corporativa brasileira colocou os interesses de um banqueiro não só acima dos interesses do público, mas do próprio Estado.
Mudando de hemisfério, analisemos o que aconteceu com a mídia corporativa dos Estados Unidos: foi pega de calça curta pela revolta de congressistas que estão em campanha eleitoral e que votaram de acordo com suas bases eleitorais.
Nos Estados Unidos o voto é distrital. O deputado, para se reeleger, não pode fazer campanha nacional. Precisa fazer campanha em seu distrito. Por isso, tem margem de manobra muito menor para mudar de posição. Se os eleitores do distrito se dizem contra alguma coisa, raramente podem ser contrariados, especialmente faltando 40 dias para a eleição.
A revolta contra o pacote do governo Bush veio das bases. E passou em branco pela mídia corporativa dos Estados Unidos, que acima de tudo reflete os grandes interesses econômicos.
Não estou argumentando em favor da rejeição do pacote, mas apenas constatando o divórcio entre a mídia e os consumidores dela, que nos últimos dias dispararam furiosamente mensagens eletrônicas e por telefone aos congressistas CONTRA o pacote com dinheiro do contribuinte.
A derrota do projeto no Congresso, de outra parte, é um bode expiatório conveniente.
Agora a culpa do colapso do mercado financeiro poderá ser atribuído aos políticos, quando não é deles.
MESMO QUE O PACOTE TIVESSE SIDO APROVADO o risco de que não seria suficiente para conter a crise era grande.
A mídia corporativa simplesmente se negou, nas últimas horas, a ligar os pontos: houve falências de instituições financeiras no Reino Unido, na Islândia, na Bélgica, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Trata-se de um problema sistêmico, do qual ninguém pode dizer que sabe exatamente as dimensões. Ninguém pode dizer, em sã consciência, que 700 bilhões de dólares bastam para saná-lo.
O Brasil vai quebrar? Não há nenhum indício de que isso possa acontecer. As instituições bancárias brasileiras não se expuseram aos papéis tóxicos de Wall Street.
Mas a crise vai se resolver quando o Congresso americano aprovar a ajuda? Nenhuma chance.
A quebradeira das últimas horas é sinal de que instituições financeiras dos países centrais estão sentadas sobre um formigueiro. Ninguém sabe exatamente o tamanho do formigueiro. E a mídia corporativa, que deveria correr atrás desse tipo de informação, se atribuiu o papel de ficar na torcida do "tudo bem".
Você, caro leitor, está vivendo um momento histórico: QUANDO A MÍDIA CORPORATIVA SE DESCOLOU COMPLETA E ABSOLUTAMENTE DO INTERESSE PÚBLICO. Fotografem, para deixar de recordação para os netinhos.
ps: Não deixem eles enrolarem vocês com o papo furado de que foi revolta dos republicanos, etc. etc. Não foi. Foi uma revolta generalizada dos contribuintes americanos. Só faltou botarem fogo no Congresso.
http://www.viomundo.com.br/opiniao/midia-nao-faz-o-trabalho-que-deveria-e-e-pega-de-surpresa/
Não foi a mídia gaúcha que deu, mas sim a paulista, a notícia que mexeu com o coração da campanha do prefeito e candidato à reeleição a Prefeitura de Porto Alegre José Fogaça (PMDB). Segundo matéria da Folha de S. Paulo desta quinta (25), o chefe de campanha de Fogaça, o deputado estadual Luiz Fernando Záchia (PMDB), está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) pela compra de dois imóveis de luxo no estado. Acuado, Záchia se afastou da campanha a sete dias do fim do primeiro turno do pleito.
Segundo o TCE-RS, um apartamento em Porto Alegre e uma casa no município de Xangri-lá, balneário a 130 km ao norte da capital, não aparecem registrados em nome de Záchia e foram omitidos da declaração de bens. Na época o parlamentar disse ter apenas um apartamento em Porto Alegre (R$ 417 mil) e uma caderneta de poupança de R$ 21 mil.
Vejam mais no Vermelho
por zejustino - http://blogoleone.blogspot.com/2008/09/denncia-da-folha-derruba-chefe-da.html#links
O presidente do STF, Gilmar Mendes, está obcecado com o papel a que se auto-destinou na história do Brasil. Trata-se de um sebastianista convicto. Uma espécie de Antonio Conselheiro togado. Quer restituir ao País o passado oligarca que se perde na fumaça do tempo, mas que ainda acusa presença residual nos criminosos do colarinho branco, objeto de tanto zelo do tucano Mendes.
Admira que ele encontre eco à sua cruzada passadista no jornal Folha de S. Paulo, o único órgão da mídia brasuca que acredita piamente que Gilmar Mendes sofreu de fato um grampo telefônico ao conversar com o senador goiano com cara de porquinho da Índia.
Coisas da vida.
Redator: Cristóvão Feil
http://diariogauche.blogspot.com/2008/09/gilmar-mendes-um-obcecado-sebastianista.html
domingo, 28 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Vídeo mostra Sarah Palin em oração contra Satanás e «todo o tipo de feitiçaria»
Fonte: Público
Foi divulgado um vídeo, gravado há três anos, onde Sarah Palin surge a participar numa cerimónia religiosa que denuncia a feitiçaria. Na igreja pentecostal de Wassila, no Alaska, a então candidata a governadora é chamada pelo pastor queniano Thomas Muthee, que pede a Deus que a salve de Satanás e que a leve aos mais altos cargos de poder do país. A campanha de John McCain recusou-se a fazer qualquer comentário e a igreja de Wassila limitou-se a confirmar que Sarah Palin esteve presente na cerimóia em causa. O jornal «Christian Science Monitor» noticiou que Muthee liderou uma campanha no seu país natal para encontrar a fonte da feitiçaria após uma série de acidentes de viação na localidade de Kiambu. O mesmo jornal afirma que uma mulher chamada Mama Jane foi expulsa da sua aldeia depois Thomas Muthee a ter declarado culpada pelos acidentes.
LÍNQUE para VIDEO em PORTUGUÊS:
Link: clique aqui
(...) No Brasil, o senhor identifica algo semelhante?
Sim, o exemplo claro é o (banqueiro) Daniel Dantas. Ele consegue participar da privatização, tendo uma procuração pra representar fundos de pensão, num processo absolutamente estranho. Porque ele não tinha potencial econômico algum pra se enfiar nesse ramo. Precisou de dinheiro de fundos de pensão, o Estado lhe propicia isso. Participa da privatização (das teles), obtém vantagens, continua administrando até ser cassada a procuração. Mais do que isso, descobre-se que discos rígidos, que revelam todo esse processo de privatização, não podem ser abertos por decisão judicial. Por decisão do Supremo Tribunal Federal da Ellen Gracie.
Um contra-senso?
É como se eu matasse uma pessoa, o cadáver ficasse dentro do apartamento, e eu tivesse uma autorização judicial da Ellen Gracie pra polícia não entrar. O argumento que ela dá, na decisão, é mais estranho ainda. Ela diz que a apreensão daqueles discos rígidos se deu na apuração de grampos, pra verificar se Daniel Dantas podia grampear alguém. Ora, a Lei Processual Penal fala dos crimes conexos. Quando se está apurando o homicídio de João, se você encontrar a prova de que o mesmo assassino matou Antonio, José ou assaltou um banco, você não vai ignorar. Na visão dela, sim. E não deixou abrir os discos rígidos. O mesmo Daniel Dantas que consegue no segundo habeas corpus um foro privilegiado. Ele salta instâncias e vai ao Supremo. E o presidente do STF dá uma liminar sem consultar a Corte.
Em 48 horas...
A primeira ainda se pode discutir. Mas a segunda, não. Não é nem do Judiciário, é improbidade administrativa. Daí a minha tese do impeachment. E veja a reação do ministro (Nelson) Jobim, que sustenta uma mentira com relação às escutas, ao grampo, pra derrubar o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e não acontece nada.
(...) O senhor vê, no Brasil, uma reação à modernização do combate ao crime? Ele não precisa ser constantemente modernizado?
Sim, está lá no livro, entre outras coisas, o exemplo de uma especialista. Ela diz que a criminalidade organizada prefere hoje o mouse à metralhadora. A criminalidade precisa lavar esse dinheiro sujo pra reempregá-lo em atividades formalmente lícitas. É aí que está o pulo do gato. Vou mais longe, até, dizendo o seguinte: essa criminalidade de matriz mafiosa não assalta mais banco. Ela põe o dinheiro no banco e se serve de toda a rede de telemática.
por Luis Nassif - http://www.projetobr.com.br/web/blog?entryId=9112
É constrangedor ver esses "argumentos” serem proferidos por representantes de partidos de esquerda. O desprezo pelo passado e pela memória, diga-se a bem da verdade, é uma praga que viceja hoje em vários partidos (inclusive o PT). Em nome do pragmatismo eleitoral mais rastaquera, repete-se essa tolice como se fosse uma pérola de sabedoria. O que, afinal de contas, significa dizer, com orgulho: “eu não olho para trás”? Pior ainda, o que significa para alguém de esquerda dizer isso? Entre outras coisas, significa desprezo pela memória, pelo passado e pela história. Apresentar a idéia de “seguir na vida sem olhar para trás” como uma espécie de filosofia de vida e de regra de conduta política é algo muito menos inocente do pode parecer. Quem vive só olhando para frente e não olhando para trás não tem compromisso com a experiência e com a história, apenas com o próprio umbigo.
O PC do B pode justificar a aliança com o PPS em Porto Alegre com argumentos menos constrangedores. Basta dizer (como vem fazendo em alguns momentos) que o PT faz alianças com o mesmo partido em outros lugares. Não precisa jogar a memória na lata do lixo. Na verdade, é um argumento igualmente frágil, pois está baseado na idéia de que um erro justifica outro, mas, ao menos, revela alguma consideração pela história. O PT já cometeu muitos erros em sua história. Um deles foi namorar com a máxima que prega: “para derrotar o inimigo é preciso usar suas próprias armas”. O problema da aplicação desta máxima é que, quando se usa as mesmas táticas e práticas do inimigo, corre-se o sério risco de ficar parecido com o adversário. Essa história é bem conhecida. Seus resultados também.
Com todo o respeito que merece, Manuela D´Ávila poderia aplicar ao seu próprio discurso sua proposta de “Diálogo de Gerações”, que prega o respeito e a valorização da experiência e do passado como uma condição necessária para olhar o presente e o futuro.
RS URGENTE
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Moscú, 24 de septiembre, RIA Novosti. La Armada rusa rehusó especificar hoy, si el patrullero de la Flota del Báltico "Neustrashimi", que zarpó este miércoles de la base naval de Baltiysk, se va a incorporar a los buques de la Flota del Norte que se dirigen hacia Venezuela. (Buques de la Flota rusa del Norte parten hacia el Caribe-galería gráfica)
El "Neustrashimi", cuyo nombre se traduce del ruso como "El intrépido", tendrá que "cumplir una serie de tareas en la zona marítima y oceánica", se limitó a decir el capitán de navío Igor Digalo, portavoz de la Armada rusa. El volumen de estas tareas, agregó, se define en las directrices concernientes al uso de la Armada en tiempos de paz.
Vejam mais na RIA Novosti
por zejustino às 18:04 0 comentário(s) P / esta
23/09/2008
Leandro Fortes
O que aconteceria em um país de democracia consolidada se um ministro acusasse sem provas um colega de governo de poder grampear autoridades e esconder o fato do presidente da República? No Brasil, não acontece nada. Faz duas semanas que o titular da Defesa, Nelson Jobim, obteve o afastamento do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, ao argumentar, durante uma reunião no Palácio do Planalto, que a autarquia tinha adquirido equipamentos capazes de interceptar telefonemas.
Encerrada a desastrada participação de Jobim na CPI, o presidente Lula iniciou um claro movimento para reverter os danos causados à imagem da Abin. A prova de que o Planalto percebeu as tentativas de manipulação do episódio em prol de investigados foram as declarações elogiosas de Lula a Lacerda. Resta saber, agora, qual a opinião do presidente a respeito de Jobim.
FONTE: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=2115
Laudo de Jobim à CPI diz que Abin pode fazer grampo
Ministro também mandou à comissão lista de equipamentos da agência
Eugênia Lopes, BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, enviou ontem à CPI dos Grampos laudo de engenheiros do Exército que comprovaria que parte do arsenal de equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é capaz de fazer interceptações telefônicas. O laudo faria, no entanto, uma ressalva de que os aparelhos devem ser acoplados a outros, conforme notícia publicada no dia 5 de setembro no Estado.
Diante do envio do laudo pelo ministro da Defesa, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, desistiu de depor hoje na CPI dos Grampos. A Abin é subordinada ao GSI. Em ofício à comissão de inquérito, o general solicitou o adiamento de seu depoimento sob o argumento de que existem perícias em andamento nos equipamentos da Abin.
Jobim também encaminhou à comissão a lista de equipamentos comprados para a Abin através da Comissão de Compras do Exército em Washington. O ministro enviou apenas a lista de 2005. Na semana passada, ao depor na comissão, Jobim prometeu mandar a relação de todos os equipamentos comprados nos últimos quatro anos.
Na semana passada, perícia da Polícia Federal em 16 equipamentos da Abin concluiu que os aparelhos analisados não poderiam ter grampeado a conversa telefônica entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. O laudo da PF revelou, no entanto, que a Abin tem equipamentos para fazer escuta ambiental e grampo analógico. A CPI ouve hoje o ex-agente do Sistema Nacional de Informações Francisco Ambrósio do Nascimento.
Comentário
Desisto! Já convivi com algumas figuras públicas que pareciam sofrer enquanto pensavam. Não é o caso de Nelson Jobim, sujeito com inteligência acima da média. Não parece ser o caso dos editores do Estadão.
Então, algum psiquiatra, sociólogo, comunicólogo me explique: por que essa exposição reiterada ao ridículo?
Toda a discussão é sobre a eventual capacidade da ABIN de ter grampeado uma ligação telefônica entre um Ministro do Supremo e um senador. E Jobim (e o Estadão) insistem que: equipamentos podem grampear … desde que acoplados a outro equipamento. Ou então, podem grampear… analogicamente. Ou então podem fazer escutas… ambientais.
A conclusão é: equipamento da ABIN não poderia ter sido utilizado no suposto grampo do Gilmar e do Demóstenes. Ponto. Onde o Jobim e o Estadão pretendem chegar?
por Luis Nassif - http://www.projetobr.com.br/web/blog?entryId=9089
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Por León Rozitchner *
También han tenido una larga paciencia los pueblos aborígenes en Latinoamérica, que son al parecer aquellos donde la resistencia mantenida durante casi cinco siglos también se ha acabado. Era a su manera una paciencia estratégica, que nunca se había perdido. Esto no coincide con lo que, utilizando las categorías de la izquierda tradicional, se ha llamado la lucha de clases del “proletariado”. Son rebeliones y luchas políticas campesinas de las cuales el nuevo Estado se nutre, que se apoyan en una cultura colectiva diferente a la atomización social que produce la industria racionalizada sobre fondo de un cuerpo maquinal humano como el que describe Descartes. Nuestros obreros, en su mayoría, cuyos ascendientes llegaron de Europa –italianos, españoles– vinieron en cambio ya cristianizados, convertidos en sujetos “abstractos”, como Marx decía de los ciudadanos burgueses separados y aislados, descomunitarizados por imperio de la figura de Cristo con la cual cada uno se identificaba. El peronismo les prestó a sus descamisados una pseudo “comunidad organizada”, política y también religiosa. No hubo reforma agraria aunque se nos industrializara: a la oligarquía se le hizo el campo orégano sin perder ni una hectárea. La comunidad indígena aborigen, en cambio, mantiene otro modelo: conservan a la Madretierra, a la Pachamama, como fundamento de los lazos sociales, ligados desde la sangre y el cuerpo al cuerpo materno de la Naturaleza, sobre cuyo regazo húmedo siempre vivo todos se acogen. Muy diferente al modelo del cuerpo de la Virgen María sin pasiones sensuales: llena de pasiones tristes, sólo espirituales y celestiales, nunca terrenales.
Si algo tiene de notable lo que está sucediendo en Latinoamérica es que los cambios y las transformaciones políticas que se están produciendo provienen de los pueblos aborígenes que fueron esclavizados por los europeos con la cruz y la espada. La izquierda, dispersa, mientras aspira a que los nuestros también se unifiquen, los mira, envidiosa. No son allí tampoco los partidos políticos populistas de izquierda –como el PT brasileño o el PJ peronista– los que han hecho punta y sostienen esta verdadera resistencia colectiva allí donde las otras se han apagado. En ellos, paganos, el reclamo surge desde la tierra común que reclaman y no desde el maquinismo abstracto, donde se ha perdido la cercanía con la tierra de la que sin embargo la industria se crea, y con ello se olvida el sentido material de la creatividad humana. Bienvenido el pedido de la industrialización para desarrollarnos. Pero si viene acompañado de una recuperación de la tierra de la que los argentinos fuimos despojados, como se hizo visible que nos es ajena en el reclamo de nuestros “dueños de la tierra” patria como propiedad privada. La tierra entre nosotros también fue cuantificada, cristianizada, y por eso aparecía la imagen religiosa entronizada en el relicario de la Mesa de Enlace, como amonedada fue la Madretierra al cuantificarla y entrar en el circuito de la tierra convertida en fondos financieros. Cada uno de los argentinos pobres, la mayoría digo, vivimos en el aire: hemos perdido la relación con la tierra como cuerpo común que nos sostenga unidos. Cuando fueron convocados a morir por un pedazo de la tierra patria en las Malvinas, jóvenes patriotas argentinos que sobrevivieron volvieron a una tierra patria privada que los condenó al suicidio o a la mendicidad: no tenían ni un cacho de tierra humana que los acogiera, las cuentas no daban. Aprendamos de los aborígenes: ellos nunca vendieron a su madre. Por eso, cuando la paciencia se les acaba no es igual a la paciencia que pierden las fuerzas armadas norteamericanas. Tienen el tiempo terrenal de la Naturaleza, no el tiempo inhumano que les marca la Bolsa. El infinito cualitativo de la Tierramadre donde viven sus sueños los hombres tiene un tiempo distinto del Paraíso cuantitativo y amonedado, online, instantáneo, que es el tiempo “real” pero vaciado de vida del capital financiero.
Por eso, nuestros “noticieros” se despiertan de día con la Bolsa, no la vida, y cierran de noche su ojo viscoso con el Credo.
FONTE: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-112084-2008-09-23.html
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
A capa da Veja pressupõe que Tio Sam tenha salvado mesmo àqueles que não precisavam de salvação. Eu, por exemplo, que não ganhei dinheiro com a especulação de Wall Street. Ou você que me lê.
O argumento é mais ou menos o seguinte: mesmo que você não se importe com isso ou que não acredite nisso, foi salvo pelos Estados Unidos. O dedo na cara do leitor é uma forma de intimidação intelectual muito cara aos neocons norte-americanos. Lá na metrópole eles estão desmoralizados, mas aqui resistem bravamente e intimam o leitor: "Acredite em mim ou você vai se dar mal!" (...) CONTINUAÇÃO no LÍNQUE ABAIXOhttp://www.viomundo.com.br/opiniao/a-capa-da-veja-o-padre-vieira-e-a-infalibilidade-dos-convertidos/
domingo, 21 de setembro de 2008
FONTE para confronto:
Felipe Kramer escreve
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Dirigentes de entidades de classe da Polícia Civil e da Brigada Militar já vislumbram um “final de ano sombrio” para a segurança pública, caso as categorias decidam promover uma greve conjunta em dezembro. (...)