domingo, 29 de agosto de 2010

Dr. Zé Kill and Mr. Serra

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Quem nasceu pra Serra não chega a Lacerda

Por Brizola Neto

Hoje (ontem) de manhã, uma amiga disse-me que achou que eu “peguei pesado” com o Serra, quando o chamei de “vivandeira de quartel”. O Lúcio , num comentário, veio em socorro de minha consciência, pedindo que eu reproduzisse o que o jornal - insuspeito – O Globo tinha publicado sobre o que “recuperou” da conferência de Serra aos militares. Quem quiser ler, está aqui. Reproduzo só um trechinho:

– Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango foi a república sindicalista. Lembra disso? Não tinha nada disso, isso não tinha a menor possibilidade. Eles fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Não é para fazer socialismo, estatismo, nada. É uma máquina poderosa, tem internet, tem isso, tem aquilo (…) O PT tem características de ocupação militar. É um exército. Não é como os tucanos, que levam gente. Tudo hierarquizado, loteado etc.

Quer dizer, Serra – ao menos como indulgência aos pecados de seu passado de esquerda – diz que não havia em 64 uma república sindicalista - embora não diga que havia um governo nacionalista, trabalhista, civilista - e diz que agora há uma república sindicalista, omitindo o mesmo que omitiu sobre o que havia há meio século.

E se, então, não se justificava o golpe, a ocupação militar do Estado civil, agora ela se justifica?

Serra só perde para Carlos Lacerda em falta de talento: ele era o corvo, agourento, mas um personagem em que, se faltava-lhe o caráter, sobrava-lhe o brilho. Serra é só o “coiso”, uma figura que nem sob a luz de mídia consegue deixar de ser medíocre.

Texto surrupiado de Brizola Neto do seu Tijolaço.com


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