Serra: FH? Ah, sim, lembro vagamente dele
por Brizola Neto
por Brizola Neto
Depois que o psicolinguista Merval Pereira fez, outro dia, um diagnóstico de subserviência de Dilma Rousseff a Lula, por esta tê-lo sempre chamado de “senhor” no seu discurso de despedida do Governo (como eu brinquei no post, sugerindo que ela usasse tratamentos do gênero de “xará”, “mermão”, “cumpádi“) seria interessante ver o que ele tem a dizer sobre a interessante seria interesante ouvir o que o Noam Chomsky (pobre Chomsky!)de O Globo tem a dizer sobre a reveladora contagem feita pelas repórteres Carolina Lins e Maiá Menezes, no mesmo jornal, sobre os discursos dos pré-candidatos (vejam que coisa triste a gente, a esta altura, ter que ficar dizendo pré-candidatos).
A avaliação foi feitaa partir de 32 discursos de José Serra, 13 de Dilma e sete de Marina.
O jornal chama a atenção do fato de Dilma ter falado a palavra “presidente”, referindo-se a Lula por 96 vezes. Dá uma média de 7,38 vezes por discurso. Se descontada a despedida do cargo, que é naturalmente dirigida a quem colocou nele, a média cai para 5,16 vezes por discurso. Como Dilma é ministra do presidente, candidata do presidente e supõe-se que a maioria dos discursos tenha sido feita na presença do presidente, nada de maior.
Mas Serra só falou quatro vezes no nome do presidente a quem serviu e que o fez candidato, em 32 oportunidades. Não dá nem um vez por ano do qual foi ministro de FHC.
Eu já vou sugerir uma linha de análise. Serra, ao contrário do que os maledicentes andam propagando, não está escondendo e atirando o ex-presidente para baixo do tapete, não. É o contrário.
Ele está seguindo à risca a cartilha fernandista.
O Mestre dizia: esqueçam o que escrevi. Serra diz: esqueçam, pelo amor de Deus, a quem servi.
FONTE: http://www.tijolaco.com/?p=11066
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