Coronel Mendes na corte do rei Artur
por Marco Aurélio Weissheimer
por Marco Aurélio Weissheimer
O deputado Giovani Cherini (PDT) não está sozinho em suas incursões místicas em busca de novos estados de consciência e poderes transmutacionais. O ex-comandante da Brigada Militar, coronel Mendes, cometeu um artigo neste domingo no jornal O Sul. Intitulado “O TJM e a lenda da Távola Redonda”, o texto recorre à lenda do rei Artur para defender o tribunal das críticas que vêm recebendo. O coronel Mendes, que ganhou da governadora Yeda Crusius (PSDB) um cargo de juiz no Tribunal (e um salário de R$ 20 mil) pelos serviços prestados na repressão aos sem-terra, estudantes, professores e servidores públicos em geral, orienta-se nos “ensinamentos do rei Artur” em seu novo trabalho. O coronel-magistrado escreve (sic):
“Os ensinamentos do rei Artur soam como atuais e oportunos nesse momento, e conclamo a todos para que, inspirados nos valores maiores da távola redonda, se dêem as mãos em prol da harmonia e da construção de um futuro que seja promissor aos interesses institucionais…”
Além dos ensinamentos do rei Artur, o coronel Mendes também é um seguidor do pensamento do profeta persa Mani. Em um discurso realizado no dia 9 de agosto de 2008, no centro de Porto Alegre, Mendes filosofou:
“O profeta Persa Mani defendia que a humanidade – desde os seus primórdios – dividia-se entre o bem e o mal. Essa teoria, que atravessou os séculos – denominada Maniqueísmo – defende o dualismo de forças positivas contrastando infinitamente com outras negativas de peso igual ou equivalente. Modernamente sabemos que esse assunto da convivência de forças antagônicas não pode ser reduzido a esta simplicidade da existência de dois pólos, em lados opostos, medindo forças entre si. Inegável, entretanto, considerar a verdade de que todo o ser humano nasce bom e, por fatores até hoje ignorados pela ciência, pode pender para o mal. Assim foi desde que o primeiro homem habitou o planeta e, inexoravelmente assim o será até que o último assista ao fim dos tempos”.
FONTE: http://rsurgente.opsblog.org/2010/04/11/coronel-mendes-na-corte-do-rei-artur/
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