COM PINK BLOCS, PARADA LGBT REÚNE MILHARES NO RIO
Uma imensa bandeira arco-íris, símbolo da luta pelos direitos dos homossexuais, foi estendida na Avenida Atlântica; trios elétricos animam a passeata com milhares de pessoas na tarde deste domingo, na Praia de Copacabana; mascarados de cor de rosa se autointitulam Pink Blocs, jogam purpurina no público e dizem ser "um grupo de amor livre"; ativista no Congresso, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também compareceu à festa, onde defendeu a paralisação dos professores
13 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 18:57
Foto: ©Marcos de Paula/Estadão.
247, com Agência Brasil – Milhares de pessoas participam na tarde deste domingo 13 da 18ª Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Uma imensa bandeira arco-íris, símbolo da luta pelos direitos dos homossexuais, foi estendida na Avenida Atlântica. Trios elétricos animam a passeata.
Um grupo de cerca de 50 pessoas com máscaras cor de rosa, autointitulados Pink Blocs, jogam purpurinas no público e dizem ser "um grupo de amor livre". Os integrantes revelam ter se inspirado no Black Blocs, mas esclarecem que não há conflito com eles. "É um grupo de apoio". Ativista no Congresso, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também compareceu à festa, onde defendeu a paralisação dos professores. "Esse é um dia de festa, mas também de mobilização", declarou o parlamentar.
As cantoras irmãs Pepê e Neném, que participaram de várias passeatas LGBT, ressaltaram que a parada é importante para que a sociedade respeite os homossexuais. "Somos todos iguais. [A preferência sexual] não tem importância nenhuma. O que importa é o caráter da pessoa, é amar, é respeitar o próximo", disse Pepê.
Famílias com crianças pequenas e casais heterossexuais também participam da parada. A secretária Adriana Lima levou o filho de 10 anos para Copacabana. "É importante que ele participe para que cresça sem preconceito. É a quinta passeata da qual participo", afirmou.
O coordenador da parada e presidente da organização não governamental Arco-Íris, Júlio Moreira, disse que, desde que começaram, em 1995, as paradas tiveram um papel importante na conquista de direitos, mas ainda há um longo caminho pela frente.
"Nesse tempo, a gente conseguiu construir políticas públicas, como centros de referência de combate à homofobia, o Programa Brasil sem Homofobia e os conselhos, que têm o papel de monitoramento das políticas públicas. O grupo LGBT conseguiu o reconhecimento do Supremo Tribunal Federal em relação à união estável. Mas ainda há muitas demandas da comunidade, como a criminalização da discriminação por orientação sexual, o famoso PLC [Projeto de Lei da Câmara] 122. Também queremos o reconhecimento do nome social para travestis e transexuais", disse.
MANIFESTO PINK BLOC
O PINK BLOC não é um grupo deliberadamente hostil. Nossa luta é contra o patriarcado, o machismo, a homofobia, a transfobia e as organizações opressoras da felicidade humana.
O PINK BLOC é organizado de forma horizontal, descentralizada, vertical, de frente e de costas. Não temos líderes e não somos necessariamente monogâmicos. Por acreditarmos que o amor é um sentimento anárquico por natureza, resolvemos radicalizar. Se você vive alguma forma de amor não-tradicional, é um PINK BLOC em potencial.
Declaramos inimigos quaisquer meios de repressão e/ou opressão, sejam essas de caráter físico ou psicológico. Eles, mais do que ninguém, precisam do choque de amor.
A corporação policial do RJ tem, por meio de suas ações, um papel opressor e repressor. Repudiamos qualquer tipo de violência, apesar de acharmos que seus bumbuns ficam lindos naqueles uniformes.
Ações diretas do PINK BLOC:
- Glittervandalismo em símbolos do patriarcado
- Choque de amor anti-machismo
- Barricada laica contra igrejas que tentam avançar no cenário político
- Atos de felicidade explícita
O PINK BLOC é uma manifestação de cunho político, que pretende trazer as pautas políticas para a festa LGBT e vice-versa.
JUNTE-SE AO PINK BLOC! TRAGA GLITTER!
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