sábado, 29 de novembro de 2008
28/11/2008
Leandro Fortes
Há exatos três meses, o delegado Paulo Lacerda vive em um mundo particular de solidão e clausura, à espera de uma possível absolvição de um crime sobre o qual não há nenhuma evidência concreta de que tenha sido cometido. Atualmente, para achar o delegado – uma das estrelas do primeiro mandato de Lula justamente por ter transformado a Polícia Federal em um órgão público eficiente –, é preciso cruzar o subsolo do Palácio do Planalto e passar por um posto de vigia, onde, invariavelmente, dois ou três funcionários ficam a perguntar, um ao outro, quem é Lacerda. Delegado? Onde ele fica? No gabinete do GSI? Na Senad? O GSI é lá em cima, mas a Senad é aqui embaixo. Alguém sabe o ramal? Não é, portanto, fácil encontrar o policial, que passa os dias enfurnado numa sala esquecida da Secretaria Nacional Antidrogas.
Com seus modos franciscanos, escondido no subsolo do mesmo palácio onde diariamente vários de seus adversários circulam na tentativa de removê-lo de vez da direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Lacerda tem tentado sobreviver a um mundo em desconstrução, inclusive de forma literal.
Em 1º de setembro, o delegado foi afastado temporariamente do cargo de diretor-geral da Abin depois de ter sido acusado de participar de um suposto grampo telefônico de um insosso diálogo entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Publicado pela revista Veja, sem que o áudio da tal conversa tenha jamais aparecido, o suposto grampo serviu à tese de que se vive no Brasil um “Estado policial” e um descontrole do aparelho jurídico-policial, representado pela PF, a agência de inteligência, o Ministério Público e juízes de primeira instância que se portariam como justiceiros.
Já houve tempos em que um diretor-geral da Polícia Federal (Vicente Chelotti) foi afastado do cargo por grampear o gabinete de um presidente da República (Fernando Henrique Cardoso). Antes disso, arapongas do extinto Serviço Nacional de Inteligência (SNI) foram identificados como responsáveis pelos grampos ilegais que revelaram os bastidores nada angelicais da privatização da Telebrás (semente da disputa empresarial que desembocaria na Operação Satiagraha). Neste momento, o publicitário Marcos Valério de Souza, que não tem os amigos certos e não tentou subornar um delegado da PF, completa um mês e meio na prisão (na quinta-feira 27, o Supremo Tribunal Federal voltou a negar sua liberdade). Incrivelmente, nem nos tempos passados e muito menos no caso de Marcos Valério levantam-se vozes para apontar a existência de um “Estado policial” ou para acusar o desrespeito às garantias individuais.
Por que a Satiagraha teve o poder de mobilizar tantas forças contra ela? E por que, para muitos no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, tornou-se de vital importância não só afastar Lacerda da Abin, mas aniquilar sua carreira?
*Confira a íntegra desta reportagem na edição impressa
FONTE: http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=2811
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
( “É com muita simplicidade que digo que, de Passo Fundo para o mundo, temos Jayme Sirotsky, homenageado especial escolhido pela Fiergs, para nos orgulhar. Sem dúvida, é o nome de Passo Fundo, é o nome do Rio Grande do Sul, é o nome do Brasil que Jayme leva”, disse Yeda. )
"(...) Além dos melhores do ano, a cerimônia consagrou o presidente Emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, com o troféu Fiergs Homenagem Especial (...)
O grande homenageado da noite, Jayme Sirotsky, recebeu das mãos da governadora Yeda Crusius o prêmio especial, que todos os anos destaca uma personalidade com contribuição decisiva para o fortalecimento e a qualificação da imprensa gaúcha (...)".
Poucas coisas, além dos trechos em destaque, precisam ser ditas, não?
A tal da cerimônia refere-se ao Prêmio Press de jornalismo, promovido pela Revista Press. Dizem os caras que se trata do "Oscar da Imprensa Gaúcha". Vai ver é por isso, aliás, que a revista se chama "Press".
Mas, se eles dizem, então tá.
La Vieja tem lá suas antipatias e seus motivos, mas vá lá, a César o que é de César: o engraçado é que o asséptico Diego Casagrande foi escolhido o melhor "jornalista web" do ano, mas são os caras da Nova Corja, também aqui do RS, que estão concorrendo ao The Bobs na categoria melhor weblog em português. Promovido pela Deutsche Welle, é o maior e mais reconhecido prêmio mundial na área.
Não pela Revista Press, claro.
FONTE: http://laviejabruja.blogspot.com/2008/11/santssima-trindade.html#links
"Li várias vezes a coluna da jornalista Rosane de Oliveira nesta terça-feira (25/11/2008). Especialmente este parágrafo:
'Pouco familiarizados com a complexidade dos textos legais, muitos professores entenderam que o projeto acabava com o adicional de um terço nas férias, quando é exatamente o contrário: a proposta diz que esse abono, assim como o salário família e as diárias, não será contabilizado para fins de cálculo do piso. Espalhou-se, também, que o projeto alterava o plano de carreira e transformava o piso em teto, o que também não corresponde ao que está escrito'.
Li várias vezes porque jamais vi uma opinião de uma jornalista política tão oficialista como esta que foi publicada hoje. Nem a secretária Mariza de Abreu conseguiria escrever um texto tão oficialista como este que nos foi apresentado. Não posso dizer que me surpreendi com isto, afinal na CPI do Detran pode-se perceber que a principal jornalista de ZH deu sempre notícias atrasadas em relação a Folha de São Paulo, Veja e os principais blogs alternativos.
Tive que me lembrar de Eduardo Galeano em seu livro o "Livro dos Sonhos" “....Nos mijam e o jornal diz que chove”. Para não dizer desrespeitosa, prefiro dizer que foi constrangedora a coluna de Rosane de Oliveira".
terça-feira, 25 de novembro de 2008
* "CONFÚCIO" = estado de espírito oriental-pensativo de confusão e conflito-mental.
( FONTE: DHpCM - Dicionário Hupperiano para Conflitos Mentais )
CORONEL MENDES CRIMINALIZANDO A POBREZA
TEXTOS AFINS:
http://laviejabruja.blogspot.com/2008/11/sobre-manifestos.html#links
http://laviejabruja.blogspot.com/2008/11/o-lixeiro-social.html#links
http://www.rsurgente.net/2008/11/mendes-de-olho-num-salrio-de-r-20-mil.html
...AH ! ... quase que esqueço ...
Uma sugestão para PPSes e DEMOs vinda d'Itália através do Blógue do OMAR
Partido italiano dará recompensa a pais que batizarem filho de Benito
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
CORAGEM para FAZER
( AMBAS PUBLICADAS em 24 de Agosto de 2008 )
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8pYEHnrw28VvtIATRCt6sFedL8Qm1Tc6mlQ2UL3wgC14STespaZOr1VwdojGnfa0eR3UzDeoZUUaFaN97___KfcBvD1VRe8Oxyo0Q6ar1wIX_W1Z7uZT0UFeBHSmHJ8xkmvdYShqZo5AR/s1600-h/CORAGEM-para-FAZER---05b.jpg
sábado, 22 de novembro de 2008
Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008
A Marcha da Polícia Civil, que percorreu na tarde de hoje o trajeto do Palácio da Polícia até o Piratini, foi uma manifestação contra os baixos salários e a falta de condições de trabalho da categoria. "Recuperação da Segurança" era o slogan da manifestação. Ainda durante a caminhada, Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm, declarou: "O governo Yeda ataca o funcionalismo mas não ataca a bandidagem". Ortiz deu alguns números: De cada mil ocorrências policiais, apenas 10 se transformam em inquérito, hoje, no Estado; os policiais estão há cinco meses sem receber hora-extra; há 1 milhão de inquéritos atrasados nas delegacias; e há horas já passamos dos mil homicídios sem que perceba uma reação a este dado aterrorizante.
Nas faixas que os policiais carregavam e nas manifestações feitas no caminhão de som, alguns recados à governadora:
Yeda vai ter que engolir o seu decreto (aquele que desconta os dias em que os funcionários estiverem em greve) .
CONTINUE LENDO:
http://www.rsurgente.net/2008/11/o-governo-yeda-ataca-o-funcionalismo.html
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Professores em greve rejeitam punições
Do blog Sineta: Uma frente formada por deputados estaduais, federais e vereadores reuniu-se nesta manhã, no plenarinho da Assembléia. O objetivo é tentar abrir canais de diálogo e de negociação com o governo Yeda Crusius. O documento solicita a volta de negociação e o abono dos dias parados. A presidente do CPERS, Rejane Silva de Oliveira afirmou que não é possível fazer a defesa do piso nacional e receber em troca a punição dos trabalhadores em educação. "Ou o governo revê sua posição em relação ao abono das faltas ou a greve continua".
FONTE: http://www.rsurgente.net/2008/11/professores-em-greve-rejeitam-punies.html
Durante o início do ato em homenagem ao Dia da Bandeira, com a banda da Brigada Militar pronta para executar os hinos Nacional, da Bandeira e do Rio Grande do Sul, em frente ao Palácio Piratini, finalmente a governadora do Rio Grande do Sul, por força do protocolo, esteve bem próxima dos trabalhadores em educação, que ela se recusa a receber, acampados em frente a sede do governo, desde a segunda-feira.
Talvez a mais impopular representante da direita guasca no Executivo, desde Antônio Britto (ex-PMDB, atual PPS), já é comum que a governadora seja vaiada em público. A ponto de se recusar a participar de algumas cerimônias importantes, porque avisada previamente por assessores, como a inauguração da Plataforma P-53, em Rio Grande, recentemente.
Na manhã da última quarta-feira, ao colocar os pés na calçada de pedras portuguesas do Palácio Piratini, a vaia veio forte. Com sua habitual arrogância a governadora com dedo em riste pediu silêncio aos manifestantes.
Tradução do momento registrada pelo assessor do PRBS:
"Os manifestantes estavam vaiando durante a execução dos hinos"
Talvez mentir descaradamente dê algum status para os neófitos de um partido-empresa que tenha como eixo central a mentira. Nem o testemunho de mais de 200 prefeitos inibiu a vontade de erguer a governadora do lamaçal político em que se encontra.
A mentira virou peça de engenharia política. Alimentou falsa polêmica e inferiu a seguinte subjetividade no leitor desavisado: os professores fazem greve no final do ano, prejudicam as crianças e ainda por cima não respeitam nem o hino. Logo: baderneiros. Certo?
Pior que o leitor enganado é o lumpesinato que escreve em outros veículos, reproduzindo a mentira. Sequer estiveram no local. Bom, nem o autor da nota esteve, esperar o quê.
O curioso disso tudo, é que a titular da coluna de Política mais lida no Rio Grande do Sul, não pelos seus méritos, mas pelo alcance do veículo e seu oportuno monopólio, ignora a opinião de jornalistas, sociólogos, psicólogos e pesquisadores sobre seu trabalho, classificando-os simplesmente como infelizes, invejosos e de mal com a vida. Esse é o nível intelectual da porta-voz oficialesca dos setores mais conservadores da sociedade gaúcha. E como demonstramos no episódio de ontem, parece ser critério para se dar bem no partido-empresa.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Sem muito alarde, depois de semanas dedicando os espaços nobres do noticiário à discussão sobre os métodos adotados pelos investigadores, hoje os jornais publicam o preço da propina paga à suposta rede de corrupção que protegia o banqueiro Daniel Dantas nas atividades criminosas de que é acusado: R$ 18 milhões.
Pelos bilhões envolvidos nestas atividades, sei que esta quantia é troco de táxi, mas pode explicar muita coisa estranha na cobertura do caso. Quem fez esta constatação não fui eu, mas o bravo colega Luciano Martins Costa, em seu comentário no programa de rádio do Observatório da Imprensa.
A revelação da quantia investida para conquistar os corações e as mentes de juízes, políticos e jornalistas, publicada pelo jornal “O Globo”, foi feita pelo delegado Carlos Eduardo Pelegrini Magro, um dos responsáveis pelo inquérito que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, durante reunião de três horas com a cúpula da Polícia Federal, no dia 14 de julho.
Para o delegado Magro, que diz ter apreendido na operação bilhetes e informações digitalizadas num laptop, detalhando o esquema de propina, as críticas à investigação são “uma reação do crime organizado”. Sobre os jornalistas, segundo ele, consta no organograma: “A gente contrata o Magabeira para chegar aos meios de comunicação”.
Na mesma linha, Amaury Portugal, presidente do sindicato dos delegados da PF paulista, disse durante a abertura do congresso nacional da categoria, em São Paulo, que o crime organizado se infiltrou em todos os poderes.
“A Polícia Federal é um dos alvos disso. Nós, que conhecemos a instituição, sabemos que o que está colocado na imprensa não procede”, afirmou Portugal à “Folha”, a respeito das suspeitas de que houve grampo ilegal contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
A reação dos delegados da Polícia Federal se deu na mesma segunda-feira em que os advogados de Dantas sofriam três derrotas na Justiça: o juiz De Sanctis foi mantido no caso pelo TRF e, além disso, foram negados dois habeas corpus que pretendiam anular a ação penal e os inquéritos policiais.
Parece que os advogados do banqueiro tentam controlar todo o processo, vetando juízes, anulando inquéritos, escolhendo políticos mais simpáticos à causa ou até indicando quais jornalistas devem ou não fazer a cobertura do caso. Podem até não conseguir, mas estão no papel deles de tentar. Resta saber como cada um cumprirá seu papel nesta história
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Fui quase apedrejado pelos lulistas de resultados e pelos petistas sonâmbulos da história (duas categorias vivas e solventes que deambulam pela vida social de nossos dias e noites) por repercutir matérias de dois outsiders, etcetera.... pois bem, agora reproduzo texto do Kotscho, um cara insuspeito de sequer discordar do cachorrinho mascote de Lula.
O que me dizem? Até o Kotscho...
Redator: Cristóvão Feil
http://diariogauche.blogspot.com/2008/11/o-propinoduto-do-banqueiro-daniel.html#links
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
19/11/2008 20:08:20
Wálter Fanganiello Maierovitch
A instrução processual está encerrada no processo penal que Dantas é acusado, em continuação delitiva, de ser o mandante de crime de corrupção.
Como o juiz De Sanctis permaneceu na 6ª.Vara Criminal, abdicando de promoção ao cargo de desembargador, foi abortada qualquer manobra defensiva de não entregar o memorial de alegações finais.
Pelo que corre na ‘rádio-corredor’ do fórum da Justiça federal de São Paulo, o juiz De Sanctis vai trabalhar a partir de hoje e atravessará o final de semana debruçado nos autos. Na segunda-feira, presume-se, teremos duas decisões, incluída a sentença.
A primeira decisão versará sobre o pedido, formulado hoje pelo advogado de Dantas, de juntada da fita com a gravação da reunião de 14 de julho, que marcou a saída do delegado Protógenes de Queiroz da presidência do inquérito da Satiagraha. Referida fita, com 2,55 horas de gravação, está na posse do deputado Raul Jungmann, que, na parte da tarde, foi, pessoalmente, entregá-la ao ministro Gilmar Mendes. Este já recebeu e providenciou cópias para os demais ministros.
Como dizem as rendeiras nordestinas que não existe ponto sem nó, a mensagem de Jungmann foi captada pelo defensor constituído por Dantas, que correu e plantou nos autos o supracitado requerimento para vinda de cópia da supracitada gravação, para posterior alegação de nulidade. Se o pedido for indeferido, o defensor vai alegar nulidade, por se atentar à ampla defesa.
Na segunda decisão, que deverá ser publicada na segunda-feira 24, teremos a sentença de absolvição ou a condenação de Dantas e dos demais co-réus.
Diante de uma condenação iminente, e para isso basta examinar as provas, Dantas poderá, na própria sentença, ter negado o direito de recorrer em liberdade e, assim, ocorrerá a expedição de mandado de prisão.
Como seu advogado é experiente, Dantas, a partir de hoje, não vai estar em local conhecido. No caso de expedição de mandado de prisão, Dantas, certamente, vai estar, como se fala informalmente nos fóruns, em Lins, ou melhor, em Lugar Incerto e Não Sabido (lins). Isto até que seu advogado impetre habeas-corpus, para poder, o paciente Dantas, apelar em liberdade.
Mino, Gilmar e a "pistolagem"
Quando Gilmar Mendes disse que a CartaCapital cometeu "pistolagem" ao investigar seus negócios, como reagiu Mino Carta?
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A reportagem de capa desta edição de CartaCapital levará o leitor a conhecer a influência política do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, em sua terra natal, Diamantino (MT). Que diferença será possível notar entre o homo politicus que emerge das ruas empoeiradas da pequena cidade e o chefe de um poder que faz tempo esqueceu seus próprios limites? Talvez o Gilmar de Diamantino seja mais desabrido ao confraternizar com empresas investigadas por formação de cartel ou não poupar esforços por manter no poder o grupo político encabeçado por sua família. Talvez não.
Em Diamantino, ao menos, os eleitores votaram por mudanças. Em Brasília, o presidente do STF está no centro de uma investida que reúne poderes variados, da Polícia Federal ao Congresso, para sepultar o que resta da Operação Satiagraha. Por decisão do governo, Paulo Lacerda não voltará ao comando da Abin neste ano. O juiz Fausto De Sanctis permanece sob pressão e corre o risco de ser afastado do caso.
O delegado Protógenes Queiroz voltou à berlinda, em uma sucessão de acontecimentos burlescos, a começar pelo fato de uma investigação montada para apurar vazamentos à imprensa da operação ter se convertido, ela própria, em um manancial de informações repassadas milimetricamente à mídia para destruir o trabalho de Queiroz. Alguém vai investigar o vazamento do vazamento?
Sobre este tema, aliás, CartaCapital dá sua contribuição e conta, na edição impressa, como uma juíza paulista informou um advogado de Daniel Dantas sobre detalhes da investigação. Após o desagravo corporativista encenado pelo Supremo na quinta-feira 6, Mendes paira sobre a Esplanada. Dia sim, dia não, o presidente do STF corre aos holofotes para opinar sobre algo (ainda não o ouvimos sobre a polêmica entre Marcos e Luxemburgo). Em geral, suas observações são recheadas de prejulgamentos, em mais um atentado às regras da Magistratura.
A última? Segundo relato atribuído ao senador Eduardo Suplicy, Mendes teria dito em um encontro com parlamentares que “o diretor da Abin, Paulo Lacerda, não poderá voltar ao comando da instituição, devido às irregularidades cometidas por ele e pelo delegado Protógenes”. Depois, quem é acusado de antecipar sentença é o juiz De Sanctis, que, em público, nunca deu uma única declaração que permitisse antever sua decisão sobre o caso.
O mais impressionante são os poderes que se curvam – ou convenientemente se calam. Mendes está em casa, como se da sua janela no STF fosse possível enxergar o horizonte desolador da pequena Diamantino.
Por Carlos Vinicius em Out 13, 2007 em Aberratio, Realidade
93 anos depois, um processo que tramitava na Comarca de Diamantino, Mato Grosso, foi julgado.
Não, não é piada.
Uma bela demonstração da lentidão da justiça.
A notícia completa e a decisão do juiz que finalizou com o processo você encontra no Consultor Jurídico:http://conjur.estadao.com.br/static/text/60365,1.
Associação dos Maridos Mandados pela Mulher faz sucesso em MT
“Não existe homem rebelde. Existe ordem mal dada”. É esse o lema da Associação dos Maridos Mandados pela Mulher, criada em Diamantino (MT) por amigos cansados de enfrentar cara feia depois das escapadinhas. A entidade faz sucesso - o número de associados está crescendo.
Empolgado com o clima de comemoração no Palácio Piratini, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) defendeu a reeleição da governadora Yeda Crusius.
— Não tem sentido que, com a experiência já obtida, não se dêem mais quatro anos para a governadora completar essa obra — discursou Virgílio.
O senador amazonense foi além:
— Se há duas pessoas que merecem mais de um mandato, essas pessoas são Yeda Crusius e Barack Obama.
Yeda está na metade do mandato, mas Obama, convém lembrar, só toma posse em 20 de janeiro de 2009.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Yoda Breakdancing
( Nossa homenagem vai para... - ... C. C. C. !!! )
Para quem não conhece Cruella C. Cruel, carinhosamente chamada por CCC, clique no línque abaixo e confira flagrante com suas comadres e Magas palacianas.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjox6L-Ab0b4veDZoFRjLIPNcL2xT5a5zWdBVgkJcKVY1I9sydphsriNYxrwKug9ynzz0G9MVSRMJNVH40ePcLXTJ_fpCA15mxMs2_UcNZV3QbewvdIzAvgwI6JsqrxcR6WpleoRz1bTzY/s1600-h/MAGAS-PALACIANAS-01.jpg
Ao contrário do sucedido no Rio de Janeiro, quando a juíza do caso a envolver o Opportunity, se afastou do processo sob alegação de não agüentar as pressões e as ameaças à sua família, o juiz Fausto de Sanctis, em São Paulo e no processo criminal por corrupção, respondeu, na exceção de suspeição ajuizada por Dantas, que não se considerava suspeito de parcialidade e apenas decidira de acordo com a lei.
Agora, no entanto, o juiz De Sanctis vive um dilema. Se concorrer ao concurso referente ao cargo de desembargador-federal, -- e a vaga é por antiguidade --, sairá do rumoroso processo criminal, sem tempo para sentenciar. Caso não participe do concurso para promoção, e ele é o segundo na antiguidade, sendo que o primeiro da lista já tornou público que não irá concorrer ao cargo, levará a peja de covarde, que, na hora de decidir sobre absolvição ou condenação, foge da raia.
Por evidente, só a ele cabe decidir sobre a sua carreira de magistrado. Mas, muitos ficarão na torcida para que decida a causa e com isenção. O juiz Fausto de Sanctis passou por pressões e sempre se portou com equilíbrio, ao contrário do presidente do Supremo Tribunal Federal e de outro ministro da Corte, este último, ministro Celso de Mello, por ocasião do simulacro de habeas-corpus, que estava com o exame prejudicado pela soltura ocorrida e serviu para, com ginásticas mentais e contra o voto do ministro Marco Aurélio, para “driblar” a aplicação de uma súmula da sua jurisprudência e “absolver” Gimar Mendes.
2. Amanhã, terça-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pessoas mal informadas imaginam ser de controle externo à magistratura e o qual não possui competência constitucional para apreciar a conduta dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) –, deverá deliberar sobre eventual instauração de um procedimento administrativo-disciplinar contra o juiz Fausto De Sanctis, do caso Satiagraha.
Trata-se de um recurso apresentado pelo deputado federal Raúl Jungmann, ex-ministro da Reforma Agrária do governo Fernando Henriques Cardoso. O deputado não se conformou com a decisão que determinou o arquivamento da sua representação.
Na referida representação, o deputado Jungmann aponta como irregular a decisão do juiz De Sanctis de conceder senhas a agentes da Polícia Federal, no curso das investigações da chamada Operação Satiagraha. As senhas permitiriam acesso a dados cadastrais de investigados.
Como se observa, a representação e o recurso administrativo atacam decisão decorrente de atividade jurisdicional e, portanto, sujeita a recurso aos tribunais, como, por exemplo, mandado de segurança.
Ao CNJ compete, diz a Constituição da República, “o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes”.
O CNJ não tem competência para interferir em matéria jurisdicional. Esta é sempre da competência dos Tribunais.
O inconformismo do deputado Jungmann surpreende. Como recebeu, legalmente e na sua campanha, ajuda financeira de membro associado ao Grupo Opportunity, de Daniel Dantas, deveria perceber um conflito de interesses. Como não percebe, arrisca-se a ser apontado como membro da forte bancada de Dantas, na Câmara dos deputados.
A decisão de arquivamento, agora atacada por recurso do deputado Jungmann, é do ministro Dip, membro do CNJ e do Superior Tribunal de Justiça.
Ao que tudo indica, a semana começou mal para Dantas, apesar dos factóides que circularam no sábado e no domingo passados. Como se percebe, o tiro saiu pela culatra e o juiz Fausto de Sanctis só sairá do processo se quiser.
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