terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Desde o dia 9 de Dezembro os camiões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelita lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a cobardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende.
Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
( publicada em 29 de Novembro de 2008 )
O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Feijó (DEM), voltou a criticar o empréstimo feito pelo Estado junto ao Banco Mundial. Em artigo publicado no Blog do Vice, Feijó diz que é "inadmissível que o empréstimo tenha sido feito sem as devidas garantias de um seguro cambial". Desde a assinatura do contrato, acrescenta, houve um aumento de 48% na dívida contraída. O vice-governador escreve:
"O empréstimo do BIRD é um destaque à parte. Se por um lado é louvável que se busque um alongamento do prazo de pagamento da dívida, para ter mais dinheiro em caixa, por outro lado é inadmissível que o empréstimo tenha sido feito sem as devidas garantias de um seguro cambial (hedge) em um momento histórico de baixa do dólar. Enquanto todas as empresas que tinham dívidas na moeda americana aproveitavam para quitá-las, usando o bom momento de baixa, o Rio Grande do Sul adquiriu um empréstimo de um bilhão e cem milhões de dólares.
Na assinatura do contrato o dólar estava cotado em R$ 1,60. Naquela data devíamos em reais 1 bilhão 782 milhões de reais, ou seja, cada gaúcho devia ao Banco Mundial R$ 178,00. No primeiro saque feito pelo governo o dólar estava a R$ 1,80. Nesta cotação a dívida estava em 1 bilhão 980 milhões de reais. Cada gaúcho devia ao BIRD R$ 198,00. Na cotação de ontem (18/12/2008) devíamos um montante de 2 bilhões 640 milhões de reais, ou seja, cada gaúcho passou a dever ao Banco R$ 264,00. Desde a assinatura do contrato houve um aumento de 48% na dívida contraída. Da data do primeiro saque até ontem a variação foi de 33% em pouco mais de 3 meses. Isto dá uma taxa de juros de 9,97% ao mês ou 213% ao ano.
A alegação do governo é de que em 30 anos isto se compensa. Mas já estamos pagando agora e ninguém tem condições de afirmar como a moeda americana vai se comportar nos próximos anos. Na minha opinião é obrigação do estado gerir de forma responsável os recursos públicos, pensando a médio e longo prazo. Nosso governo pensou em zerar seu déficit em dois
anos e deixar para que os outros governos paguem os próximos 28 anos desta dívida."
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Esqueçam as contagens regressivas para ver os dias que faltam para Planos Estratégicos da Cultura, o fim do ano ou aniversários de blogues. Deixem-se de paneleirices. O verdadeiro, o único, o countdown que conta é aquele que nos diz quantos dias, quantas horas, minutos, segundos faltam para o Grande Orgasmo Global.
Isso mesmo. Acabei de descobrir que desde há três anos todos os habitantes do planeta são convocados para um Orgasmo Planetário, em prol da paz no Mundo. Esta máxima "don't make war, make love" tão em voga nos loucos anos 60, parece pois estar de volta. Há três anos isto acontece e eu não sabia de nada. Imperdoável.
A ideia é a acumulação, à escala global, de "energia positiva", boas vibrações mediante a acumulação de uma colossal quantidade de orgasmos sincronizados em todo o planeta e a data coincide de forma exacta com o solstício de Inverno, ou seja o próximo dia 21 de Dezembro, às 11 horas e 04 minutos precisas (na Praia). O facto deste dia ser um Domingo, o dia feito pelo Criador para o descanso dos mortais, não deve impedir a nossa participação em prol da paz. Eu acho que Ele não se importará.
Aliás, os promotores desta tão saudável quanto insólita iniciativa avisam que não ter companhia para o "acto" não é impeditivo de participação neste movimento nobre e pacífico. Um orgasmo é um orgasmo, independentemente da forma como é alcançado. Não havendo parceiro, há sempre outras formas. Como diz o povo, quem não tem cão, caça com gato!
Portanto, já sabem. No próximo dia 21 de Dezembro, há hora exacta e no momento preciso, e para que a pujança de crioulos e crioulas se faça ouvir e também nesta importante vertente possamos dizer que Cabo Verde está empenhado em influenciar à escala global, aconselho o famoso grito dos comícios, agora sim, aplicado em prol do bem humanitário: façam baruuuuulhoooooo!
Todas as informações no site oficial, Global Orgasm!
FONTE: http://cafemargoso.blogspot.com/2008/12/caf-global-ahhhhhh.html
Este mais recente fracasso repete o que parece ser a “saga cármica” do governo Yeda: encerrar cada ano como se chegasse ao fim do mundo. Foi assim em dezembro de 2006 quando, antecipando-se ao início do próprio governo, tentou manter o tarifaço, mas amargou uma derrota e sofreu a defecção de três secretários indicados. Tudo se repetiu em dezembro de 2007 quando tentou, outra vez sem sucesso, aumentar os impostos. E neste final de 2008, com a “ordem de retirada” daquele que seria “a jóia da coroa” da segunda metade do mandato, colhe novamente uma derrota de grande significação.
Como de hábito, o governo Yeda despeja a culpa em terceiros pelos seus erros e derrotas sofridas. Desta vez, a choradeira foi contra o governo federal, acusado de supostamente ter “interferido na autonomia federativa”, “politizado o tema” e blá-blá-blá.
A verdade, contudo, é que a responsabilidade exclusiva da derrota foi do Palácio Piratini, que esqueceu que não poderia fazer mesuras e cortesias para empresas de pedágios com estradas alheias. Ofereceu uma mercadoria que não poderia entregar: 900 quilômetros de estradas federais cuja delegação ao Estado do Rio Grande do Sul vence em 2021 – antes, portanto, do prazo desejado pelo governo para a prorrogação dos pedágios, que seria até 2028.
Melhor faria o governo se aprendesse com os sucessivos erros que gera. Mas faz ao contrário; prefere deliberadamente a linha de conflito e de acusações, para assim encontrar supostos culpados aos quais tenta distribuir as responsabilidades do próprio fracasso. Além de insensata, esta atitude não resolve os dilemas do governo, que sai politicamente debilitado com a perda do projeto dos pedágios.
Independente dos problemas, das limitações e das absolutas inconveniências do projeto de prorrogação dos pedágios, o fato é que o governo vislumbrava a possibilidade de realização de um portfólio mínimo – porém propagandisticamente vistoso – de obras rodoviárias que teriam muita valia na recomposição de sua imagem profundamente desgastada.
Para um governo que cada vez mais carece de resultados reais em lugar de conflitos, truculência e chavões vazios, não deixa de ser uma derrota importante. Se é verdade que as poucas obras rodoviárias previstas teriam a propriedade de compactar a base de sustentação do governo em tempos pré-eleitorais, o que dizer da travessia política num ambiente de escassez de investimentos e obras e de abundância de problemas e confusões?
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
Georges Brassens
Não, este banco não está em crise,
Nem sequer está cotado na Bolsa
É um banco que aceita abraços das pessoas
E os partilha sem falar de hipotecas,
De créditos,
avalese
fianças
Só aceita beijos
Neste banco beijaram-se os amantes,
Os amigos,
os idosose
os jovens,
nas tardes dos sábados
e aos Domingos a qualquer hora
Gosto dos bancos como este,
São feitos de madeira,
e estão rodeados de relva e flores.
São bancos inofensivos e sensíveis,
Que sorriem quando alguém se senta neles
E escutam pacientemente todas as palavras
Este é o género de bancos
Que deveriam povoar o mundo.
(adaptação de uma poesia de Maria Novo)
FONTE: http://pimentanegra.blogspot.com/2008/12/no-estes-bancos-no-esto-em-crise.html
sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Naquele sábado, a senhora do 412 dançaria no Clube das Saudades. Comprou sapatos prateados, bolsa da mesma cor e um soutien menor para apertar os seios. Reformou o vestido rosa, sem mangas. Uma ousadia, mas com ele poderia usar as luvas. Pintou e arrumou seus cabelos, marcou hora para maquiagem e ouviu que estava muito bem conservada para sua idade. Ensaiava risadas para mostrar sua terceira dentição, tão cara e necessária. Um banho demorado e uma ponta de esperança ao se imaginar dançando com um homem, que gostaria de seu perfume e a levaria até a cama, cheio de dedos e línguas. Mesmo com 65 completos, era de sexo que mais sentia falta. Com vermute brindou a si mesmo e, sem amassar o vestido, sentou para aguardar a carona no sofá grená, da cor de suas unhas.
Foi encontrada com o cálice caído sobre as luvas e um sorriso frio na boca estranhamente vermelha. A cena era incompreensível e vulgar demais para as filhas que gastaram muito tempo para deixá-la pálida e adequada ao velório.
Flávio Cesar Trindade Mainieri
Durante muito tempo a manufatura de um objeto, sobretudo dos que pertencem ao universo das artes, dependeu do trabalho manual do artesão/artista. O artista se confundia com o artesão. Com o desenvolvimento das técnicas de reprodução, o trabalho manual do artista torna-se mínimo, em muitos casos limitando-se a apertar um botão, e o olho do artista passa a ser um ajustador de foco. Tanto o ato de pintar um quadro, quanto o ato de escrever um conto, já não dependem exclusivamente da mão do artista.
A caixa que contém as Mulheres da vida sintetiza o antigo e o moderno e permite falar-se em tradição revisitada.
As telas de Cristina Rosa são o resultado da tradição da pintura sobre tela, mas aqui acrescida da colagem de diversos materiais que imprimem densa textura e rompem com a bidimensionalidade ao projetar-se para fora da tela, o que permitiria falar-se em tridimensionalidade falsa, pois a textura, mesmo projetando-se, continua presa à tela, ainda é uma tela e seu espaço de exposição ainda é a parede, ou o cavalete, para manter-se o vocabulário da tradição.
Para ser encerrada na caixa, perde a textura que falsamente tridimensionaliza e transforma-se em fotografia (a mão e o olho apertam um botão e ajustam o foco, respectivamente, e o fotógrafo não é Cristina Rosa, é Clóvis Dariano) que recupera a bidimensionalidade da pintura tradicional, mas é outro objeto.
As histórias escritas por Maria Helena Weber pertencem à tradição da narrativa ao recuperar os fatos da vida dos personagens. As narrativas curtas chamadas contos, aqui se transformam em mínimos contos, mas não perdem a sua função: revelar quem são essas mulheres e o que viveram até serem cristalizadas nas telas. Os narradores, às vezes, impessoais (em terceira pessoa) ou falando em primeira pessoa, conduzem o leitor na decifração do que a tela esconde, mas como na tradição da boa literatura- com o texto se apresentando como uma máquina preguiçosa na produção do sentido (ver Humberto Eco) provoca a imaginação do leitor para completar os espaços em branco da trajetória dos personagens que o narrador apenas sugere.
A postura do receptor frente à tela corresponde ao narrador em terceira pessoa, é o olhar do receptor (o que vê) que a escritura de Maria Helena Weber cria, é como se revelasse o avesso da tela, numa relação palimpsestuosa – raspa-se a tela e um outro texto se revela; quando a narrativa se faz na primeira pessoa são as próprias palavras das Mulheres que se dirigem diretamente ao receptor, criando uma intimidade que o texto falsamente confessional possibilita, com exceção do conto Célia Elvira, quando o narrador em primeira pessoa corresponde ao olhar do outro sobre a mulher retratada, é como se o receptor da tela se transformasse em personagem, não da tela mas do conto. Ou então, se a entrada do receptor da caixa se dá através dos contos, é a fotografia das Mulheres da vida que funciona como o avesso dos textos escritos.
Os dois textos, o da pintura, agora fotografia, e o da literatura, na caixa estabelecem uma relação íntima e integradora, onde um complementa o outro não interessando a ordem da percepção, apesar de manter as diferenças: de matéria da expressão e o excesso da pintura contrastando com a brevidade dos contos.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
A revelação das conversas entre o coronel Paulo Mendes e o ex-secretário-geral da Prefeitura de Canoas, Chico Fraga (PTB), trazem mais uma vez à tona os canais de influência e lobby no governo Yeda Crusius (PSDB). O que levaria o coronel a ligar para um dos principais indiciados na Operação Rodin para pedir ajuda na nomeação a um dos cargos mais importantes do Estado? Mendes sabia que Fraga estava completamente enredado nas investigações. As conversas ocorreram em pleno andamento da CPI do Detran. Mesmo assim ligou, certo de que o amigo ainda tinha canais de influência junto ao governo. O nome de um desses canais é o do deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) que intercedeu junto à governadora pela nomeação de Mendes. Padilha está sendo investigado no âmbito da Operação Solidária e foi obrigado a sair de cena nos últimos meses.
No dia 3 de setembro, o Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer recomendando a abertura de investigação dos deputados federais Eliseu Padilha e José Otávio Germano (PP). O pedido inicial de investigação de Padilha e Germano foi feito pelo Procurador da República, Adriano dos Santos Raldi, que atua em Canoas, baseando-se em investigações sobre irregularidades envolvendo a prefeitura deste município, administrado pelo tucano Marcos Ronchetti. Além de Padilha e Germano, Raldi pediu que também fossem investigados o presidente da Assembléia Legislativa do RS, Alceu Moreira (PMDB), o secretário estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba (PMDB), o então secretário geral de Canoas, Francisco Fraga (PTB), e o prefeito de Sapucaia do Sul, Marcelo Machado (PMDB).
Além de parceiros políticos, Chico Fraga e Padilha são amigos. Padilha chegou a empregar a esposa de Fraga como funcionária de seu escritório político em Porto Alegre. Os dois tiveram grande influência na formação do governo Yeda Crusius. No período de formação do governo, Fraga foi consultado algumas vezes pela governadora, havendo inclusive uma foto já célebre (do jornal Zero Hora) de Yeda conversando exaltada com o então secretário-geral da gestão Ronchetti. Na CPI do Detran, Fraga chegou a dizer que essa era a única foto que tinha com a governadora.
Padilha, por sua vez, além de influir em nomeações, também foi um conselheiro nos momentos mais agudos do escândalo do Detran. No auge da crise, por ocasião da divulgação das conversas do vice-governador Paulo Feijó (DEM) com o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto (PPS), Padilha foi um dos atores da composição do gabinete de crise, no final de semana que ameaçou a sobrevivência do governo. Os nomes de ambos tinham saído de cena. Voltam agora, envolvendo uma figura central do governo Yeda nos últimos meses. Por uma incrível coincidência (?), a revelação dos laços de Mendes, Fraga e Padilha ocorre justamente no dia em que o Diário Oficial do Estado anunciou a saída do coronel do comando geral da Brigada.
O principal acontecimento econômico desta semana não está desvinculado da queda-de-braço travada pelo Banco Central e os especuladores no mercado de câmbio. A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira, pode ser até o alvo central das escaramuças em torno da taxa de câmbio. A cotação do dólar está servindo de munição destinada a convencer o BC de que não será prudente começar a baixar a Selic tão cedo. O território a ser conquistado pelas instituições não são os lucros gerados aos detentores de swaps cambiais por dólar acima de R$ 2,60, mas a manutenção da Selic em 13,75% por pelo menos mais seis meses. Com isso, os especuladores ganham nas duas pontas, tanto com o juro alto quanto com o dólar caro. E a economia como um todo perde pelos dois lados: o primeiro comprime ainda mais a atividade já ferida pela crise externa e o segundo injeta combustível às expectativas de inflação.
O tiroteio cambial foi devastador na sexta-feira. De manhã, tendo como pretexto a extinção recorde de empregos nos EUA, o movimento comprador empurrou o dólar para até R$ 2,6210. A variação do dólar compõe a base da remuneração dos swaps cambiais emitidos no início da crise e que começam a vencer. A finalidade da esticada era chamar o BC para a briga. E ele foi, duplamente. Primeiro, sob a forma de intervenções. Fez cinco leilões, três de venda direta de dólar no mercado à vista e dois de venda de contratos de swaps cambiais. No total, abasteceu o mercado com US$ 2,3 bilhões. Em segundo lugar por meio de declarações oficiais insinuando a intenção do BC de não reduzir a taxa Selic. Este segundo fator pode ter sido até mais decisivo para a queda verificada no dólar no período da tarde. Foi depois dele que a moeda derreteu 4,42%, batendo na mínima de R$ 2,4240. A moeda encerrou o dia cotada a R$ 2,4790, em baixa de 2,24%. Vitória do BC? Na semana, acumulou valorização de 7%.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
O lançamento da obra Mulheres da Vida completa o trabalho conjunto de Cristina Rosa (pintora) e Maria Helena Weber (escritora) que reúne 17 quadros sobre 17 mulheres com 17 nomes que geraram 17 histórias.
Na primeira etapa, as Mulheres – em quadros - foram expostas na Usina do Gasômetro, em julho de 2008 e agora, a Liber sedia o lançamento da caixa que abriga estas mulheres impressas em cartões com as suas respectivas histórias.
As histórias foram criadas a partir das imagens e nomes propostos pela artista Cristina. São relatos densos, curtos e secos que pretendem mostrar dores e amores que se misturam na vida daquelas mulheres. São prostitutas, mães, apaixonadas, idosas e jovens que estão no mundo e que são expostas de modo delicado e cruel.
Quem são elas? Qual é a porção de realidade e de ficção que as aproximam de todas as mulheres?
Desistiu de lutar, aceitou o marido que a traía e se calou depois de casar os filhos. Deus lhe dera esse destino e apagara seus sonhos. Como contrariá-lo? Sentia-se desaparecer, procurava dores, até descobrir Armando na internet. Com ele ingressou na intimidade digital e proibidos prazeres. Ele jurava amá-la e convenceu-a que em São Paulo seriam felizes e ela concordou. Na terça-feira, com jeito de sábado, Orlanda raspou a conta conjunta, arrumou a mala verde e atrás de uma das fotos que tirara de si mesmo para enviar a Armando, escreveu: não pretendo voltar. Cuida de Bóris. Sei que não farei falta. Me desculpa.
A família em choque se dividia entre perguntas e vergonhas. Ninguém notara nada? De vez em quando, chegavam notícias lacônicas, sem endereço. Nunca saberiam que o homem que a levara, era um cafajeste e levara muito de seu dinheiro, mas o preço foi adequado para se descobrir viva e pronta para recomeçar. A imagem do corpo de Orlanda na renda preta não saía da cabeça do marido. Quem era ela, afinal?
Pintura mista de Cristina Rosa - pintura acrílica, colagem - 2005
História de Maria Helena Weber - 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Utilizando mais de 1000 livros e três semanas de filmagens em stop-motion, as produtoras Apt Studio e Asylum Films realizaram esse belo filme para comemorar os 25 anos da editora 4th Estate.
A idéia criar um mundo feito de livros, com personagens em papel que circulam por publicações clássicas. No site da campanha você pode conferir fotos de bastidores e making of.
FONTE: http://www.brainstorm9.com.br/2008/12/05/4th-estate-city-of-books/
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
A revista masculina Ralph, australiana, pretendia fazer uma promoção na edição de janeiro distribuindo pares de seios infláveis. 130,000 seios foram encomendados e estavam sendo transportados de navio - mas não chegaram. A carga pode ter sido roubada ou naufragado. A revista pede que quem encontrar os seios, talvez encalhando na areia de uma praia, faça contato.
blue bus
Postado por Omar às 09:06
P. S. : Hoje estou em fase oral, queridos "ouvintes". Uma dúvida de minhas partes, o contato deve ser com a revista Ralph ou com os 130.000 ?
Nassif:
É muito comprometedora essa revelação.
É quase inacreditável que um assessor da Presidencia do STF tenha tido algum contato com o Chicaroni em junho deste ano !
Nenhuma desculpa ou justificativa do planeta pode "normalizar" esse fato. Situação gravíssima, que pode ter consequências imprevisíveis.
Um detalhe, o Cirillo era assessor do Gilmar Mendes, devidamente nomeado e empossado pelo mesmo.
O Gimar Mendes já se declarou "surpreso", Cirillo se declarou também "surpreso".
SURPRESOS estamos nós !!!!
Comentário
Retificação: era funcionário do STF mas não consta que fosse assessor da Presidência. Era do chefe da segurança que montou o tal relatório sobre o grampo ambiental que não trazia uma evidência mais concreta que fosse.
CONTINUE LENDO no Blógue do NASSIF:
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
As promessas douradas dos desertos verdes viraram demissões e incertezas
Os jornais Correio do Povo e Zero Hora anunciam hoje que a Votorantim Celulose e Papel (VCP) demitiu 118 dos 207 funcionários do viveiro de Capão do Leão. A maioria dos trabalhadores atuava no plantio de eucaliptos. Em nota oficial, a empresa disse que, “devido aos impactos da desaceleração da economia global, com a conseqüente redução na demanda internacional por commodities, está adotando medidas de adequação da produção”.
Outras duas empresas que prestam serviços à Votorantim também anunciaram demissões. A Carpelo, responsável pelo o plano de segurança da VCP e a Benfica Extremo Sul, encarregada do transporte, dispensaram os trabalhadores que tinham contratado. Segundo o gerente da Carpelo, José Andrade, o trabalho deste ano já foi finalizado e as atividades para 2009 estão suspensas. 'Eles comunicaram que, no ano que vem, não haverá plantio em nenhuma área da região', afirmou.
A anunciada revolução na região Sul do Estado, que seria provocada pela expansão das monoculturas de árvores para a produção de celulose, começa a revelar que tinha pés de barro. Os prejuízos causados pelas operações especulativas da Aracruz e da Votorantim transformaram as promessas douradas em demissões e cortes de investimentos.
O Diário Gauche destaca matéria publicada hoje, na “Folha de S. Paulo”: depois de ouvir especialistas e observadores de mercado do setor de papel e celulose, (a Folha) arrisca dizer que a empresa “Aracruz não tem como pagar dívida e continuar funcionando”. O jornal paulistano chega a falar em iminente “quebra” da papeleira, o que “geraria demissões em toda a cadeia produtiva” da celulose no Brasil.
por Marco Aurélio Weissheimer
http://www.rsurgente.net/2008/12/as-promessas-douradas-dos-desertos.html
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
02/12/2008 13:30:35
Redação CartaCapital
O banqueiro Daniel Dantas foi condenado a 10 anos de prisão por corrupção ativa, em razão do suborno que Humberto Braz e Hugo Chicaroni fizeram em seu nome ao delegado da polícia federal Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira quando da deflagração da Operação Satiagraha.
O autor da sentença foi o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que considerou Dantas, Braz e Chicaroni culpados da acusação de praticarem corrupção ativa. A informação foi divulgada pela TV Globo.
A dupla Braz e Chicaroni prometeu 1 milhão de dólares ao delegado Victor Hugo, mas pagaram 129 mil reais em duas parcelas sem saber que o policial federal fingia aceitar a propina, salvaguardado por uma autorização judicial e monitorado por colegas policiais.
A intenção do suborno era convencer os federais a retirar o nome de Daniel e Verônica Dantas do inquérito da Operação Satiagraha e abrir uma investigação contra Luís Roberto Demarco, ex-sócio e desafeto do dono do Opportunity.
A condenação também prevê que os três condenados paguem multas que somam 15 milhões de reais. O juiz De Sanctis não expediu mandado de prisão contra Dantas, Braz e Chicaroni, o que significa que eles poderão recorrer da sentença em liberdade.
Confira o dossiê Dantas de CartaCapital
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=2862
Pura realidade ou mera fantasia?
Sabe-se por experiência empírica que a governadora Yeda Rorato Crusius (PSDB) não é dada a explicar nada. Ora por simplória, ora por malícia a governadora não dá conseqüência ao que faz ou que diz. Comprou uma casa de valor expressivo, dias antes de assumir a chefia do Executivo estadual, e – passados dois anos, praticamente – ainda não quis ou não conseguiu convencer ninguém sobre a lisura daquela aquisição imobiliária.
Horácio, o escritor e poeta romano, diria que a governadora está sub judice moral da sociedade sul-rio-grandense, no que se refere ao tema da casa própria.
Esse é apenas um tema que se soma aos tantos que se empilham na pasta de assuntos pendentes do governo tucano no Rio Grande do Sul. Seria cansativo nomear o longo rol neste que se quer ameno blog.
Ontem, entretanto, a governadora, certamente, achando que a lista é pequena, ou que a paciência pública seja infinita, juntou mais uma sentença incompleta ao seu repertório de absurdidades. Na entrevista ao jornal ZH dominical, a governadora afirmou, de passagem, que “foi muito escravizada nestes dois anos”. Mais não disse, porque mais não lhe foi perguntado (os profissionais da RBS são "ótimos").
“Escravizada” é o particípio do verbo escravizar. Verbo conjugado no particípio assume característica de adjetivo, ou seja, empresta qualidade à ação. Logo, a governadora está se autoqualificando como uma escrava, uma mulher em cativeiro, oprimida moral ou espiritual de alguém ou de algo. Mas o verbo escravizar é transitivo, exige complemento para que consiga exprimir a ação de forma completa. Quem escraviza? Quem se submete à condição de escrava? Quem se submete à opressão física ou moral é a governadora, mas quem a está submetendo? Que agente público ou privado exerce dominação física/moral/espiritual sobre a senhora Yeda Rorato Crusius?
A se confirmar a revelação da governadora, temos uma dirigente pública que está sofrendo constrangimento de origem desconhecida, mas que necessita complementar melhor a sua natureza para que, sobre os seus atos, não paire nenhuma ilegitimidade (ou ilegalidade) decorrente da sua condição (manifesta) de escrava.Se as explicações devidas não surgirem, estaremos livres para concluir que essa história de escrava é apenas uma fantasia marota que escapuliu dos sonhos desejosos da governadora guasca.
por Cristóvão Feil - Data: 1.12.08
http://diariogauche.blogspot.com/2008/12/governadora-se-diz-escravizada.html
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
GRANDE SACADA do blógue d'O Mello
'Enjambre, las reglas han cambiado'. Não perca
Netwar, guerra em rede, guerras assimétricas, o papel da mídia e de ONGs financiadas por organismos internacionais, tudo isso é tratado nesse documentário de 52’, produzido por David Segarra Soler para a Venezuelana de Television.
Com a reativação da 4ª Frota Norte-americana, nenhum país está livre de sofrer as conseqüências desses ataques. Cuba de Fidel e a Venezuela de Chávez são os alvos óbvios. Mas também a Bolívia de Evo Morales, a Argentina, com os Kirchner, e agora também Lugo, no Paraguai, e Correa, no Equador.
Aqui no Brasil, nossa mídia corporativa faz a parte dela, no Tico-tico no fubá da mídia golpísta.
Vale a pena ver o vídeo.
FONTE: http://blogdomello.blogspot.com/2008/11/enjambre-las-reglas-han-cambiado-no.html