gRafiTEiRos são espancadOs poR poLiciais da BM
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O grafiteiro na foto abaixo foi surpreendido pela Guarda Municipal de Porto Alegre nas imediações da avenida Terceira Perimetral, na última quinta-feira. Sem autorização prévia para realizar seu trabalho, o rapaz, acompanhado de outro artista, foram entregues a uma viatura da Brigada Militar. Aquele que teve apenas o braço quebrado pode socorrer esse rapaz aí da foto que agora está hospitalizado em estado de coma.
Entre os artistas que utilizam as ruas para produzirem seus trabalhos o sentimento é de alerta. A Guarda Municipal não faz questão de distinguir grafiteiro ou pichador. O tratamento é o mesmo. Amparados por um programa implantado pela gestão de José Fogaça (PRBS-PMDB), o disque-pichação, os guardas municipais abordam qualquer um que esteja pintando uma parede. Não há diálogo. A prefeitura não reconhece os grafiteiros na rua. Reconhece quando contrata um para fazer uma oficina com estudantes da rede pública.
A reconhecida inércia da atual administração gerou programas como o disque-pichação, que coloca na sociedade a responsabilidade pelo problema. Outro exemplo desse moderno projeto de governar, a falta de iluminação do histórico Viaduto da Borges: a prefeitura colocou uma faixa "informando" a população que não trocava as lâmpadas porque os vândalos quebravam.
Não é o primeiro caso. Há uma sistemática. A Guarda Municipal aborda. Contata a Brigada Militar (BM), que leva o 'vândalo' para a beira do Lago Guayba, onde é espancado.
Amparados por vontade política dos chefes de estado, tanto na prefeitura de Porto Alegre (PMDB) quando no governo do Estado (PSDB), os agentes da polícia apostam no despotismo e na impunidade.
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