A Brigada Militar voltou a entrar em ação, desta vez, contra a 13ª Marcha dos Sem, em frente ao Palácio Piratini. Os brigadianos trancaram a passagem do carro de som da manifestação e usaram balas de borracha e as chamadas "bombas de efeito moral" para dispersar os manifestantes. As primeiras informações dão conta que cerca de dez pessoas ficaram feridas.
Os deputados Raul Pont, Dionilso Marcon, Ronaldo Zulke, Mariza Formolo, do PT, e Raul Carrion, do PCdoB, saíram da Assembléia e foram conversar com o comandante da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes, que comandava a operação. Criou-se uma grande confusão e os parlamentares chegaram a ser empurrados por brigadianos. Ronaldo Zulke disse ao coronel Mendes: "O senhor pode falar conosco. Somos parlamentares. Não precisa se esconder atrás dos PMs".
O carro de som dos manifestantes acabou sendo liberado e foi para a frente do Palácio Piratini. Sob o olhar do coronel Mendes que permaneceu na porta da Catedral Metropolitana, cercado por PMs do Batalhão de Operações Especiais (BOE). Foi saudado pelos manifestantes da Marcha que entoaram em côro: "fascista, fascista!".
(*) Quase ao mesmo tempo, em São Paulo, outro governo tucano, de José Serra, também recorria à Polícia Militar para reprimir uma marcha de policiais civis, em greve há um mês. Pelo menos agora se dirá na imprensa que os policiais civis de SP estão em greve há 30 dias. No confronto com a PM paulista, pelo menos três pessoas ficaram feridas.
por Marco Aurélio Weissheimer
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