quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"SEsmógrafo"




Chamou a atenção um trecho da entrevista que a ex-titular do Gabinete da Transparência, Mercedes Rodrigues, concedeu à rádio Gaúcha explicando os motivos de seu pedido de demissão. Ao criticar a falta de interesse do governo Yeda Crusius (PSDB) em criar políticas efetivas de controle do uso de recursos públicos, ela afirmou:

“O Estado está vulnerável. Descobrimos a corrupção ao longo dos anos, prometemos coibir isso por meio de um sistema e não implantamos. Que desculpa iremos apresentar quando ocorrer de novo? Não poderemos mais dizer que não sabíamos. Se eu ficasse, estaria avalizando essa situação. Não acho que está ótimo. Após todas as irregularidades detectadas, é urgente adotar medidas”.

Cabe notar que Mercedes Rodrigues não emprega a forma “se ocorrer de novo”, mas sim “quando ocorrer de novo”, dando a entender que é uma questão de tempo o surgimento de novas denúncias. E logo, em seguida, reforçando essa idéia, diz que “se ficasse, estaria avalizando essa situação” e que “é urgente adotar medidas”. Qual é mesmo o motivo da urgência? A Carta Compromisso divulgada pelo chamado “gabinete de crise” não havia firmado um enfático compromisso de combate à corrupção: A ex-funcionária do governo Yeda parece saber de algo que os pobres mortais desconhecem.

Para além dos temas mais recentes que já circulam pela mídia, como é o caso da licitação para escolher a empresa substituta da Fundae no Detran, há crescentes indícios de um novo terremoto a vista. Sismógrafos políticos da província sugerem que a data de ocorrência do fenômeno depende do fim da campanha eleitoral.


RS URGENTE

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